Dólar alcança maior valor em quase três meses
O dólar encerrou a semana com alta de 0,74% ontem, cotado a R$ 5,70, o maior patamar desde ...
O dólar encerrou a semana com alta de 0,74% ontem, cotado a R$ 5,70, o maior patamar desde 5 de agosto, dia que ficou conhecido como "segunda-feira sangrenta" em razão do pessimismo nos mercados motivado na ocasião por receio de recessão nos Estados Unidos. A moeda americana já vinha "flertando" com o patamar de R$ 5,70 durante as sessões desde a sexta-feira da semana passada.
Os fatores que têm influenciado os rumos dos negócios nos últimos dias são as expectativas em relação aos rumos da economia americana e das eleições presidenciais, marcadas para o começo de novembro, e as preocupações com a política fiscal no Brasil. Ao longo deste mês, o dólar já acumula alta de 5%. Nesta semana, subiu 0,12%.
Os indicadores mais recentes corroboram a expectativa de analistas de que o Fed, o banco central dos EUA, cortará os juros de forma mais branda a partir da próxima reunião, em 6 de novembro. Isso porque as estatísticas mostram desempenho mais forte da economia, o que indicaria uma dose maior de cautela na redução dos juros.
Para Marco Maciel, economista-chefe do Banco Fibra, o componente internacional ganhou força nos últimos dias. Diante das incertezas na esfera econômica e política, o juro americano tende a permanecer mais tempo em patamar mais elevado do que o mercado estimava anteriormente.
No front doméstico, analistas aguardam o anúncio de corte de gastos após o segundo turno das eleições. No mercado de ações, o Ibovespa recuou 0,13%, aos 129.893 pontos. Na semana, a queda foi de 0,46%.