Pf faz operação, mas não consegue prender adilsinho
Acusado de homicídios, o bicheiro Adilson Oliveira Coutinho Filho, o Adilsinho, conseguiu ...
Acusado de homicídios, o bicheiro Adilson Oliveira Coutinho Filho, o Adilsinho, conseguiu escapar ontem da Operação Libertatis 2, deflagrada pela Polícia Federal (PF). Agora, ele é suspeito de chefiar uma organização criminosa internacional especializada no comércio ilegal de cigarros, produzidos com o emprego de trabalho análogo à escravidão. Dos 21 investigados que tiveram a prisão decretada, 12 foram detidos no Rio e no Espírito Santo. Mais de 200 agentes federais participaram da ação, que ainda cumpriu 21 mandados de busca e apreensão.
Entre os presos há um policial militar que foi detido no 22º BPM (Maré). Os alvos da operação são acusados de falsificar e comercializar cigarros produzidos por paraguaios que viviam em condições degradantes no Rio. Além dos mandados judiciais, também foram emitidas ordens de bloqueio, sequestro e apreensão de bens avaliados em cerca de R$ 350 milhões " na lista há veículos de luxo, criptomoedas, dinheiro em espécie, assim como valores depositados em contas bancárias. Ontem, só foram apreendidos R$ 48 mil em espécie na casa de um dos alvos e três carros.
Essa investigação começou com a descoberta de três fábricas clandestinas de cigarros. A primeira foi em fevereiro de 2023, em Duque de Caxias. Além de produzir, o bando também é acusado de impor, por meio de violência, a venda do produto a comerciantes em diferentes bairros da capital e cidades do estado.
Mais de dez crimes
Segundo a PF, os investigados poderão responder por organização criminosa, redução a condição análoga à de escravo, tráfico de pessoas, crime contra a saúde pública, fraude no comércio, sonegação por falta de fornecimento de nota fiscal, crime contra a relação de consumo, falsificação e uso de documento falso, violação de direito autoral, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
Presidente de honra do Salgueiro, Adilsinho já tem mandado de prisão pelas mortes do miliciano Marco Antônio Figueiredo Martins, o Marquinho Catiri, e de Alexsandro José da Silva em novembro de 2022. Os crimes estariam por trás de uma disputa por pontos de aposta com o bicheiro Bernardo Bello, que tinha herdado o espólio de Waldemir Paes Garcia, o Maninho. Nesta guerra, Adilsinho teria como aliado o bicheiro Rogério de Andrade, sobrinho de Castor de Andrade, que está preso.
Procurada, a defesa de Adilsinho preferiu não se pronunciar.