Azul poderá captar r$ 4,1 bilhões em oferta de ações
Em meio a um processo de reestruturação financeira, a companhia aérea Azul vai realizar ...
Em meio a um processo de reestruturação financeira, a companhia aérea Azul vai realizar uma oferta pública de ações, que poderá chegar a R$ 4,1 bilhões, informou ontem a empresa. A oferta será primária, ou seja, a companhia aérea vai colocar no mercado novos papéis, aumentando seu capital.
O pedido foi protocolado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), e o lançamento das novas ações será definido em 23 de abril. O objetivo é reforçar o caixa da companhia e melhorar o endividamento.
Serão 450,5 milhões de ações preferenciais (PN, sem voto) ao preço de R$ 3,58. O valor oferece um prêmio, ou seja, uma valorização, de 17% em relação ao fechamento de sexta-feira. Ontem, as ações da Azul fecharam com alta de 12,33%, a R$ 3,37, sugerindo uma avaliação positiva do mercado sobre o anúncio.
No comunicado, a Azul informa que, se houver demanda elevada pelos papéis, o montante de ações a ser emitido na operação pode poderá aumentar. Considerando os direitos dos atuais acionistas minoritários, a operação poderá movimentar a R$ 4,1 bilhões.
O mínimo de R$ 1,6 bilhão já está comprometido com um equacionamento da dívida em dólar da companhia. Será feita a conversão de parte dos títulos já emitidos pela empresa com vencimentos entre 2029 e 2030 em ações preferenciais da empresa.
Os investidores atuais da companhia terão um "bônus" se aumentarem sua alocação em ações da Azul. A empresa garante que, para cada ação comprada, um bônus adicional de subscrição deverá ser concedido.
Assim como as concorrentes, a Azul passa por um processo de reestruturação. Em janeiro, a companhia anunciou uma negociação com seus parceiros comerciais e financeiros, e conseguiu eliminar R$ 11 bilhões em dívidas e obrigações, enquanto ainda discute com a Abra, controladora da Gol, uma combinação de negócios.