Sábado, 19 de Abril de 2025

Diretoria tenta afastar discussão política do debate sobre a saf

BrasilO Globo, Brasil 16 de abril de 2025

A diretoria do Fluminense se vê diante de um impasse no processo de transformação do ...

A diretoria do Fluminense se vê diante de um impasse no processo de transformação do futebol do clube em SAF. Há um temor interno de que a discussão política atrapalhe a conclusão do projeto neste ano, em que haverá eleição para presidente do clube. A direção acredita que as correntes dissonantes acabam fazendo o debate técnico ficar em segundo plano.
Na noite da última segunda-feira, o presidente Mario Bittencourt e seu vice, Mattheus Montenegro, apresentaram o tema em reunião no Conselho Deliberativo, transmitida ao vivo pelas redes do clube.
O Movimento Futuro Flu é o principal crítico do processo atual. O grupo, capitaneado pelo advogado Rafael Rolim, candidato nas últimas eleições, e por Sergio Poggi, conselheiro, aponta falta de aprofundamento técnico nas informações e conflito de interesses " Mário, em seu último ano do segundo mandato, é cotado como CEO da SAF.
A diretoria teme que a reação negativa de alguns conselheiros afaste interessados na venda da SAF. Nesse sentido, mede palavras diante de um dilema entre transparência e estratégia de mercado.
Na reunião, o presidente reforçou que o acordo de investimento da SAF será apresentado ao Conselho Deliberativo para apreciação do contrato, com o máximo de detalhes possível. A ideia é que sócios e conselheiros tenham noção exata do que será proposto, para que, no futuro, não haja insegurança jurídica nem risco de judicialização, como ocorreu com o Vasco.
" A pior coisa que poderia acontecer é o que eu chamo de "vascainização", que é ficarmos com briga judicial toda hora, recorrendo ao Judiciário. Acho que temos que fazer o debate aqui, tentar não utilizar o Judiciário, deixar isso para último caso. A gestão tem que usar todos os órgãos: Conselho Deliberativo e Fiscal " disse Montenegro na reunião do Conselho.
Como é o projeto da SAF
O Fluminense se preocupou em indicar ao BTG que os investidores tenham um grande nome ancorando um fundo, em que cotas seriam compradas por vários acionistas, de preferência torcedores do clube. Não está descartado que esse fundo seja composto por investidores com ligação a outros clubes, mas o desejado é que a maioria tenha vínculo afetivo, para que não priorize o lucro em um primeiro momento, e sim o resultado esportivo.
Para que haja a operação, o Fluminense terá que fazer ajustes em seu estatuto. A partir daí, a diretoria entende que poderá convocar uma Assembleia Geral para votar a venda da SAF. Além dos sócios e conselheiros, o clube também prevê a participação dos sócios-torcedores no processo de escolha.
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