Sequência positiva ameniza pressão sobre renato paiva

A metodologia de trabalho de Renato Paiva no dia a dia do Botafogo é uma das características mais valorizadas pela diretoria. Há o entendimento de que o técnico comanda bons treinos e consegue preparar bem a equipe para as partidas. Um exemplo disso é o cenário previsto pelo português para o confronto contra o Estudiantes-ARG: a forma como o time precisaria se portar em campo diante da linha de cinco defensores do adversário mostrou-se correta. Apesar do apagão alvinegro após sofrer o primeiro gol, o saldo em relação ao desempenho foi considerado positivo internamente.
Bom relacionamento
Outro ponto a favor de Paiva é a forma como se relaciona com os atletas, membros da diretoria e demais funcionários do clube no dia a dia. Diferentes fontes ouvidas pelo GLOBO apontam o técnico português como uma pessoa acessível e querida no ambiente de trabalho. Alguns antecessores e conterrâneos de Paiva também conseguiram nutrir esse sentimento entre os colegas, mas outros, nem tanto.
De certa forma, essa abertura para ouvir quem o cerca se manifestou de duas maneiras na partida de quarta-feira. Uma delas foi revelada após a comemoração " em tom de brincadeira " pelo gol de Artur, ao mostrar o dedo do meio para Ricardo Dionísio, um de seus auxiliares. Paiva afirma que fez o gesto para o membro de sua comissão porque, minutos antes, eles haviam debatido se tirariam ou não o camisa 7 da partida. Dionísio foi a favor da substituição, por conta da fadiga muscular do atacante, mas o treinador decidiu mantê-lo. Acabou sendo premiado.
" Foi uma discussão entre mim e minha comissão técnica. "Tira o Artur ou não tira o Artur?" E eu disse: "Não vou tirar o Artur". Quando ele faz o gol, eu fiz aquilo à boa maneira portuguesa para o meu colega da comissão técnica. Isso foi, obviamente, uma brincadeira. Quando sai o gol, eu estou rindo " explicou Paiva.
Outro exemplo disso ocorreu também após o gol decisivo de Artur, quando o lateral-esquerdo Alex Telles foi conversar com os auxiliares de Paiva para sugerir ajustes táticos ao treinador.
" É o reflexo do que criamos. A proximidade que quero com os jogadores, que eles me respeitem sem que eu precise ser um sargentão.