Rede d’or abandona o ‘gás do riso’
A Rede D’Or concluiu que um dos gases mais utilizados em anestesias gerais, além de ...
A Rede D’Or concluiu que um dos gases mais utilizados em anestesias gerais, além de extremamente poluente, é inútil " e decidiu abandoná-lo.
Trata-se do óxido nitroso (N₂O), popularmente conhecido como gás do riso ou gás hilariante, usado como anestésico desde o século XIX. A ciência já sabe que o N₂O é cerca de 300 vezes mais potente que o dióxido de carbono (CO₂) no efeito estufa, mas ele continua sendo usado indiscriminadamente por médicos, dentistas e, sobretudo, na agricultura (fertilizantes sintéticos).
Em maio do ano passado, a Rede D’Or iniciou projeto-piloto em dois hospitais " São Luiz Itaim e São Luiz Anália Franco, ambos em São Paulo " para reduzir o uso do N₂O. Em outubro, com aval do CEO Paulo Moll, começou a expandir a iniciativa para o restante da rede, com 79 unidades.
" O anestesista sempre usou o N₂O para fazer indução inalatória. Mas era muito mais uma questão de hábito, pois já se sabia que o gás era dispensável " disse o coordenador do projeto, Leopoldo Muniz, gerente médico de Qualidade Corporativa da Rede D’Or e ele próprio anestesista.
Segundo a companhia, a redução até agora foi de 80% no volume de gás usado, evitando emissões equivalentes à pegada de carbono de 31 milhões de quilômetros rodados em um carro " ou quase 800 voltas na Terra. De quebra, economizou R$ 3,5 milhões.
" O percentual vai aumentar. Só usaremos o N₂O em cirurgias de crianças com acesso venoso difícil " disse Helidea Lima, diretora de Qualidade.
Palavras duras
O Bradesco não poupou acidez na ação que move, na Justiça de São Paulo, contra a Mover, antiga Camargo Corrêa. O bancão conseguiu autorização para perícia econômica da empreiteira na tentativa de comprovar a tese de que houve "esvaziamento patrimonial" deliberado da empresa. Mas, antes da decisão, o Bradesco vociferou em uma petição. Disse que a Mover não passa de "campanha de marketing", um "símbolo estéril" cujo objetivo é "livrar o vastíssimo patrimônio pessoal da família controladora de responder pelo mundaréu de dívidas". A holding adotou o nome Mover em 2018, no pós-Lava Jato. À coluna, a Mover disse que o Bradesco "falta com a verdade repetidamente e divaga sobre temas alheios à causa."