Homem morre após ser baleado em protesto anti-trump
Um manifestante morreu ontem após ser baleado na véspera durante um protesto contra o ...
Um manifestante morreu ontem após ser baleado na véspera durante um protesto contra o presidente Donald Trump em Utah, informou a polícia do estado, no oeste dos Estados Unidos. A vítima foi ferida por outro manifestante, que disparou contra um jovem que sacou um fuzil no meio do ato. O movimento, chamado de "Dia sem reis", tomou diversas cidades dos Estados Unidos no sábado, com a maior participação popular desde o início da onda de protestos iniciada em Los Angeles há duas semanas.
Arthur Folasa Ah Loo, de 39 anos, foi ferido a bala em Salt Lake City por um dos três disparos efetuados por outro manifestante, cuja identidade não foi revelada, contra um jovem de 24 anos, que sacou um rifle AR-15 durante o protesto. Segundo a polícia local, o homem que portava o fuzil, identificado como Arturo Gamboa, foi "preso e encarcerado, acusado de assassinato", embora as acusações ainda precisem ser confirmadas pela Promotoria.
O chefe de polícia de Salt Lake City, Brian Redd, afirmou em entrevista coletiva que Gamboa não chegou a disparar sua arma. O homem que o atacou usava um colete de alta visibilidade e aparentemente era afiliado aos organizadores do protesto. Ele não foi alvo de acusações e está cooperando com a polícia, disse Redd.
Gamboa não possuía antecedentes criminais, segundo o chefe de polícia, que informou que os agentes ainda estão na fase inicial da apuração para determinar seus possíveis motivos.
gás lacrimogêneo
Em Los Angeles, os protestos contra o presidente no sábado foram interrompidos pela polícia local, que acusou alguns manifestantes de atacarem os agentes com pedras, garrafas e fogos de artifício. Apesar disso, boa parte da manifestação na cidade foi pacífica, com músicas, balões e faixas em apoio a minorias, como imigrantes e pessoas LGBTQ+.
A marcha começou pela manhã e terminou à tarde, quando os manifestantes se reuniram nas ruas em um clima que muito lembrava o de festivais. A intervenção policial aconteceu repentinamente, com a dispersão forçada das pessoas " pegas de surpresa e perdidas sobre qual caminho percorrer para sair da confusão.
Para expulsá-las, agentes usaram gás lacrimogêneo e granadas de efeito moral horas antes do toque de recolher noturno da cidade, que começou às 20h (0h no horário de Brasília). À KTLA, televisão local, uma porta-voz da polícia justificou a ação afirmando que um "pequeno grupo de manifestantes" começou a atirar pedras, garrafas e fogos de artifício contra os policiais. Se as pessoas se recusarem a sair, "as prenderemos", disse ela, acrescentando que os agentes foram "pacientes o dia todo".
Na última semana, Trump mobilizou 4 mil soldados da Guarda Nacional e 700 fuzileiros navais para as manifestações, uma convocação incomum em solo americano e realizada à revelia das autoridades locais. A medida, no entanto, foi bloqueada por um juiz de primeira instância na quinta-feira, devolvendo o controle das tropas ao governo estadual. O governador da Califórnia, Gavin Newsom, anunciou que a guarda retomaria suas atribuições originais (que não incluem policiamento interno) já na sexta.