Flamengo vence barcelona nos pênaltis e leva o bi mundial sub-20
Estrelas a brilhar
Estrelas a brilhar
Há uma máxima no futebol que é constantemente lembrada por jogadores: "finais não se jogam, se ganham". E foi exatamente o que o time sub-20 do Flamengo fez ontem, contra o Barcelona, para conquistar o bicampeonato do Intercontinental da categoria. Empurrado por 45 mil torcedores que fizeram o Maracanã ferver como num jogo dos profissionais, o rubro-negro do técnico Bruno Pivetti até foi inferior tecnicamente ao ótimo time catalão, mas, com garra e uma espécie de bênção dos eternos "Garotos do Ninho", arrancou um empate em 2 a 2 no último lance após sofrer um gol nos acréscimos e foi campeão nos pênaltis com o brilho do goleiro Léo Nanneti, que defendeu duas cobranças e garantiu a taça.
" Tem um gosto especial. Como falei ano passado, nós todos somos criados juntos desde novinhos. Tem um gostinho especial por ser com eles no meu último ano de sub-20, meu último título com o sub-20. Agradecer a Deus pela partida e pela tarde iluminada que o Léo teve. Ele tem que ganhar os parabéns e o Bruno também, pelo trabalho que tá fazendo com a gente no sub-20 " disse Matheus Gonçalves.
Bem disputada, a partida foi repleta de reviravoltas. Primeiro, o Flamengo saiu na frente do placar com Lorran em momento emblemático e que certamente será lembrado pelos torcedores que foram ao Maracanã. Aos 10 minutos, quando os rubro-negros costumam cantar música em homenagem aos dez jovens da base que morreram na tragédia no CT do Ninho do Urubu, Lorran roubou a bola pela direita e, após aproveitar rebote de Matheus Gonçalves, marcou na única oportunidade que o time teve no primeiro tempo. Na comemoração, um grito em homenagem aos garotos do Ninho que se foram e, claro, para os que estavam dentro de campo.
Emoção até o final
Daí para frente, o Barcelona mostrou por que "La Masia" é uma das categorias de base mais respeitadas do mundo. Comandado pelo brasileiro Belletti, ex-lateral e ídolo do clube, o time espanhol foi melhor que o Flamengo durante os 90 minutos e envolveu o rubro-negro em diversos momentos da partida com a troca de passes que faz parte do DNA da equipe catalã.
Por outro lado, tais qualidades do time espanhol aumentam ainda mais o mérito do Flamengo, que, ciente da inferioridade técnica, soube nivelar o confronto com muita fisicalidade. Principalmente na primeira etapa, o rubro-negro venceu mais duelos e incomodou bastante o Barcelona.
Ainda assim, o time catalão, que tem como principais destaques o zagueiro e capitão Cortés, o meio-campista Junyent e os atacantes Virgili e Juan Hernández, conseguiu a virada. Foram dois deles, inclusive, os responsáveis pelos gols da equipe.
Melhor em campo, Virgili, que infernizou a defesa do Flamengo, deixou Iago e Carbone na saudade e ainda driblou o goleiro para empatar a partida no segundo tempo. Depois, já aos 50 minutos, Cortés cabeceou bem um escanteio para fazer o gol que parecia dar o título ao Barcelona.
No entanto, naquele que era o último lance da partida, o zagueiro e capitão Iago apareceu dentro da área e, de cabeça, encobriu o goleiro Aller para levar a decisão para os pênaltis.
Um dos heróis da partida no tempo normal, Nanneti, que fez diversas defesas que mantiveram o Flamengo vivo no jogo, teve sua consagração final nas penalidades. Aos 18 anos, o goleiro defendeu duas cobranças e viu Carbone bater o que deu o bicampeonato ao rubro-negro.
" É um momento indescritível. Único. Estar aqui diante da Nação... É só agradecer ao Flamengo por essa oportunidade e a Deus por ter me dado calma (na hora das penalidades) " comemorou Nanneti.