Jueves, 04 de Septiembre de 2025

Lucro de planos de saúde sobe 157% no 1° semestre

BrasilO Globo, Brasil 3 de septiembre de 2025

Planos de saúde médico-hospitalares encerraram o primeiro semestre de 2025 com lucro ...

Planos de saúde médico-hospitalares encerraram o primeiro semestre de 2025 com lucro operacional de R$ 6,3 bilhões, um aumento de 157% na comparação com o mesmo período do ano passado e o maior desde 2021. Já o resultado líquido, que também considera a remuneração das aplicações financeiras das operadoras em meio a altas taxas de juros, alcançou R$ 12,4 bilhões, 143% acima do registrado nos primeiros seis meses de 2024. Os dados foram divulgados ontem pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Além do resultado operacional, representado pela diferença entre a receita recolhida com as mensalidades e as despesas assistenciais, comerciais e administrativas, os ganhos financeiros também impulsionaram os bons resultados das empresas. Em um cenário de alta da taxa básica de juros (Selic), hoje em 15% ao ano, os investimentos das operadoras vêm crescendo: no primeiro semestre de 2024, eram R$ 119 bilhões, patamar que alcançou R$ 130 bilhões em junho deste ano. O resultado foi um retorno de R$ 6,8 bilhões no período, aumento de 55,4% em relação ao primeiro trimestre de 2024.
Considerando todo o setor " operadoras médico-hospitalares, odontológicas e administradoras de benefícios ", a remuneração financeira ajudou o lucro líquido das empresas a alcançar R$ 12,9 bilhões nos primeiros seis meses desse ano, valor que já é superior ao total observado pelo setor em todo o ano de 2024.
" Na composição do resultado líquido, o resultado financeiro sempre esteve muito acima do resultado operacional. Foi o que equilibrou as contas do setor no pós-pandemia e que contribuiu ainda mais em 2024. Estamos chegando praticamente metade-metade, e é isso que explica no final do dia o resultado líquido " explicou Washington Alves, gerente de Habilitação e Estudos de Mercado da ANS.
Entre janeiro e junho, operadoras de planos de saúde médico-hospitalares " principal segmento do setor " acumularam R$ 187 bilhões em receita, a maior parte, cerca de R$ 166 bilhões, das mensalidades pagas pelos usuários.
Sinistralidade cai
A taxa de sinistralidade " fatia da receita das operadoras usada para custear a assistência aos usuários " ficou em 81,1% no primeiro semestre, 2,7 pontos percentuais abaixo do registrado no mesmo período do ano passado e o menor índice registrado para um 1º semestre desde 2018 " à exceção de 2020, quando a sinistralidade foi ainda mais baixa em razão dos efeitos da pandemia.
" Os números do primeiro semestre de 2025 mostram um resultado histórico para a saúde suplementar: aumento do resultado operacional, redução da sinistralidade e manutenção de receitas financeiras robustas. Esse conjunto de fatores contribui para a sustentabilidade econômico-financeira do setor, o que é fundamental para garantir a continuidade da assistência a mais de 50 milhões de beneficiários " analisou o diretor de Normas e Habilitação das Operadoras da ANS, Jorge Aquino.
Para a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), que representa as maiores operadoras do setor, os dados são positivos, mas o resultado representa apenas uma recuperação após "margens negativas por quase três anos". A entidade também destacou que em 262 operadoras, 33% do total, o resultado operacional fechou no vermelho.
"Para consolidar esses resultados de maneira sustentável, o setor precisa voltar a crescer, algo que não ocorre há dez anos. E para crescer o setor depende muito da evolução do mercado de trabalho formal, já que a grande maioria dos planos de saúde é empresarial, oferecida aos trabalhadores pelos seus empregadores", disse em nota o diretor-executivo da FenaSaúde, Bruno Sobral.
PEQUENAS E MÉDIAS
A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), que representa a maior parte das operadoras, destacou que cerca de 40% das operadoras registraram resultados operacionais negativos, principalmente "pequenas e médias operadoras responsáveis por levar saúde de qualidade para regiões fora dos grandes centros financeiros do país".
La Nación Argentina O Globo Brasil El Mercurio Chile
El Tiempo Colombia La Nación Costa Rica La Prensa Gráfica El Salvador
El Universal México El Comercio Perú El Nuevo Dia Puerto Rico
Listin Diario República
Dominicana
El País Uruguay El Nacional Venezuela