Domingo, 14 de Septiembre de 2025

Condomínios para idosos de alta renda ganham espaço

BrasilO Globo, Brasil 14 de septiembre de 2025

Construtoras e incorporadoras de cidades como São Paulo e Curitiba estão apostando em ...

Construtoras e incorporadoras de cidades como São Paulo e Curitiba estão apostando em empreendimentos para o público de alta renda com mais de 60 anos de idade. Os condomínios, que começam a ser entregues no ano que vem, oferecem aos moradores atividades físicas e de lazer, assistência médica integrada e cuidadores. O metro quadrado chega a R$ 30 mil, e os condomínios, a R$ 6 mil.
Em área valorizada da região central de São Paulo, nos arredores de Higienópolis, a Naara, fundada por Joseph Nigri, inicia até o fim do ano a construção de um prédio com 68 unidades de até 145 metros quadrados. O empreendimento terá parcerias com empresas que oferecerão atividades como hidroginástica e pilates, além de serviço de cuidador, motorista (cada serviço será cobrado a parte) e uma central de emergências médicas 24 horas incluída nos custos do condomínio. O metro quadrado é estimado em R$ 28 mil, com condomínio de R$ 6 mil. Segundo dados da Loft levantados a pedido do GLOBO, em imóveis de alto padrão na região de Higienópolis o valor médio do metro quadrado é de R$ 12.300 e o condomínio, de R$ 2.800.
" A ideia é que o morador pague mais barato nos serviços (no sistema pay per use) do que se fosse contratar de forma direta " diz Nigri.
BUSCA POR TERRENOS
Marcelo Nudelman, CEO da Think Construtora, que também atua no empreendimento, diz que a ideia é levar o modelo a outros bairros de alta renda de São Paulo, como Jardins, Vila Mariana, Paraíso e Vila Nova Conceição:
" Temos interesse em áreas nessas localidades.
Em Curitiba, a construtora Laguna aposta no segmento e já comercializou 90% das unidades residenciais no bairro Alto da Glória, região central da capital paranaense. Serão duas torres, uma residencial e a outra comercial, equipada com consultórios e serviços de saúde. A previsão é que as obras terminem em 2026, com 108 apartamentos de 42 a 83 metros quadrados. As unidades serão atendidas por uma central de emergências médicas, incluída no preço do condomínio, serviços de limpeza e organização e atividades de lazer. As unidades terão botão de socorro e fechaduras eletrônicas, para acesso facilitado de equipes de saúde.
O metro quadrado custa cerca de R$ 22 mil e o condomínio começa em R$ 1.500. Em bairros nobres de Curitiba, como no Batel, o metro quadrado em imóveis de alto padrão é de cerca de R$ 14.400 e o condomínio, de R$ 300, segundo dados da Loft.
" Só poderá morar ali quem tem acima de 60 anos de idade. Devemos lançar outro ainda neste ano " diz o diretor geral da Laguna, André Marin.
A proposta chamou atenção do engenheiro elétrico Jorge Heller, de 61 anos. Há tempos ele procurava uma alternativa a uma casa de repouso para a mãe, a artista plástica Haydee Heller, de 82 anos. Eles adquiriram uma unidade de cerca de 83 metros quadrados e vão vender o apartamento onde Haydee mora atualmente, que tem 110 metros quadrados.
" Não queria colocar ela em um asilo. Ela é independente, dirige, faz pilates, pintura, artesanato, atividades que também serão oferecidas por lá. Ela queria continuar morando sozinha, mas, aos 82 anos, cada vez que viajo fico com o coração na mão, com medo de uma queda "conta Heller.
EM FASE INICIAL NO BRASIL
Outro projeto em Higienópolis, na capital paulista, é o da incorporadora Vitacon, conhecida pelos estúdios compactos. O CEO Ariel Frankel conta que o empreendimento terá 300 unidades de 30 a 80 metros quadrados. O condomínio será equipado com central para emergências, serviço de ambulância e apartamentos com botão de emergência, e serviços cobrados à parte, como fisioterapia, cuidadores e manicure, entre outros. O metro quadrado será na faixa de R$ 30 mil. O condomínio é estimado em R$ 3 mil.
CEO da Brain Inteligência Estratégica, consultoria voltada para o mercado imobiliário, Fábio Tadeu Araújo analisa que o mercado de senior living ainda engatinha no Brasil em comparação a países como Estados Unidos e nações europeias. Ele diz que o mercado começa pelo segmento de altíssima renda para depois crescer em escala e, com isso, chegar a mais camadas da população.
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