Setor público fecha agosto com déficit de r$ 17,3 bi
O setor público brasileiro " que inclui União, estados, municípios e estatais (exceto ...
O setor público brasileiro " que inclui União, estados, municípios e estatais (exceto bancos e a Petrobras) " fechou agosto no vermelho. De acordo com dados divulgados pelo Banco Central (BC) ontem, as contas tiveram déficit primário de R$ 17,3 bilhões.
Déficit primário significa que o governo gastou mais do que arrecadou em impostos e contribuições, sem contar os juros da dívida.
Em agosto de 2024, o rombo tinha sido ainda maior, de R$ 21,4 bilhões.
No detalhamento, o governo federal teve déficit de R$ 15,9 bilhões, estados e municípios registraram saldo negativo de R$ 1,3 bilhão, e as estatais encerraram o mês com déficit de R$ 6 milhões.
Juros da dívida
Nos últimos 12 meses, o déficit primário acumulado soma R$ 23,1 bilhões, equivalente a 0,19% de tudo o que o país produz (PIB).
Além do gasto normal do governo, existe também o pagamento de juros da dívida pública. Em agosto, esses juros custaram R$ 74,3 bilhões " um valor maior que os R$ 69 bilhões pagos no mesmo mês de 2024.
Quando são somados os gastos do dia a dia do governo (primário) mais os juros da dívida, o resultado é chamado de déficit nominal. Em agosto, ele foi de R$ 91,5 bilhões. Em 12 meses, chega a R$ 969,6 bilhões, ou 7,81% do PIB.
Dívida do país
A dívida líquida (que desconta os ativos do governo) ficou em 64,2% do PIB (R$ 8 trilhões) em agosto. Esse número subiu principalmente por causa dos juros e do comportamento co câmbio.
Já a dívida bruta (que considera todo o endividamento sem descontar ativos) ficou em 77,5% do PIB (R$ 9,6 trilhões), estável em relação a julho. Em termos simples: a dívida bruta é o número que os investidores mais acompanham para medir se o país está conseguindo controlar suas contas.