Miércoles, 15 de Octubre de 2025

99food começa a operar no rio com 17 mil restaurantes

BrasilO Globo, Brasil 15 de octubre de 2025

A 99Food iniciou ontem suas operações no Rio de Janeiro. A companhia, que anunciou a volta ...

A 99Food iniciou ontem suas operações no Rio de Janeiro. A companhia, que anunciou a volta ao serviço de delivery recentemente, já estava atuando em São Paulo e Goiânia, e desembarca na capital fluminense e em outras sete cidades da Região Metropolitana: Niterói, São Gonçalo, Nova Iguaçu, Duque de Caxias, São João de Meriti, Belford Roxo e Nilópolis.
A empresa, controlada pelo grupo chinês DiDi, gigante global de mobilidade, investiu R$ 350 milhões para trazer a operação de delivery de comida para o Rio. São 17 mil restaurantes cadastrados, incluindo grandes redes como Burger King, McDonald's, Outback, Abbraccio, Bacio di Latte e KFC. Cerca de 50 mil entregadores motociclistas e ciclistas se cadastraram na plataforma para atuar no Rio.
Diretor-geral da 99 no Brasil, Simeng Wang, explicou que a cidade é estratégica pela operação consolidada de viagens de moto por aplicativo. Em São Paulo, por exemplo, a oferta desses serviços enfrenta disputas judiciais com o governo municipal.
" O Rio de Janeiro é a nossa maior cidade de mobilidade de moto no Brasil, temos o maior número de motociclistas cadastrados. Isso facilita muito. Contar com uma rede de motociclistas pronta, que já tem ganho na categoria de viagens, ajuda muito, principalmente neste início de operação " afirmou o executivo.
A companhia prevê investir R$ 2 bilhões até junho do ano que vem para expandir a operação a cem cidades brasileiras, principalmente regiões metropolitanas e cidades de pequeno e médio porte.
Disputa no cade
O segmento de entrega de comida não tem um aplicativo específico, vai funcionar no app de transporte da 99. A ideia, segundo a empresa, é que as entregas de comida complementem a plataforma, transformando-a num "ecossistema completo" de mobilidade e entrega, com 1,5 milhão de motoristas, motociclistas e ciclistas parceiros .
" No ecossistema, temos viagens, entregas e delivery de comida, operações que têm picos de pedidos diferentes ao longo do dia. Com os serviços integrados, nossos (motoristas e entregadores) parceiros conseguem fazer rotas integradas e serem mais produtivos, ganhando mais " explicou Wang.
Ao GLOBO, o diretor-geral da 99 no Brasil afirmou que o mercado de delivery no país ainda é pequeno, e que acordos de exclusividade são "estratégias de mercado". Ele explicou que a empresa oferece aos estabelecimentos parceiros contratos com ou sem exclusividade, por até dois anos, com taxas e comissões que variam. E que há ainda modelo "semiexclusivo", no qual o restaurante acessa taxas mais vantajosas, continua operando com o iFood, mas "escolhe não trabalhar com potenciais novos entrantes":
" Para um novo player entrar, a gente precisa conseguir jogar o jogo dentro das regras estabelecidas. Mas não consigo obrigar ninguém. Nem temos força de obrigar nada, não temos participação de mercado relevante para fazer isso. Levo ofertas diferentes aos restaurantes. Cabe ao dono escolher qual o melhor negócio.
Keeta e 99Food vêm travando uma disputa na Justiça e no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que regula a concorrência. A Keeta acusa a 99Food de bloquear sua entrada no mercado de entregas. A Keeta afirma que a 99Food estaria celebrando contratos de exclusividade com redes de restaurantes prevendo a proibição de sua contratação, o que chama de "cláusula de banimento".
Mais recentemente, a Rappi entrou na guerra do delivery. A companhia pediu para fazer parte do processo aberto no Cade, alegando que estaria sendo incluída proibição de que os estabelecimentos mantenham relação comercial com a Rappi nas cláusulas contratuais com restaurantes feitas pela 99. No processo do Cade, a 99Food afirma que a expressão "cláusula de banimento" carece de respaldo jurídico, constituindo mera retórica.
brasileiro ‘adora cupom’
A empresa disponibilizou um pacote de incentivos aos entregadores. Serão garantidos R$ 250 por dia para quem completar 20 entregas, sendo ao menos cinco de comida. Além disso, há um bônus de até R$ 7 por pedido entregue durante o primeiro mês de operação. A empresa prevê investir R$ 50 milhões nos próximos cinco anos para criar pontos de apoio para os entregadores parceiros nas cidades.
Para atrair os restaurantes, a estratégia é zerar a taxa nos pedidos em que o preço dos pratos no app forem iguais aos do balcão. Se o valor for diferente, a taxa é fixa, atendendo, de acordo com a 99Food, a uma demanda de restaurantes que preferem ter estratégias diferentes no app ou nos pedidos feitos em loja.
Já para os consumidores, a plataforma liberou cupons que somam R$ 99 por usuário durante o período de lançamento, além de entrega grátis em pedidos selecionados.
A campanha agressiva de promoções é a principal estratégia da companhia neste retorno ao mercado de delivery de comida, após sair da operação em 2023. A retomada acontece num momento em que entram novos competidores no mercado. A Keeta, do grupo chinês Meituan, também anunciou que vai iniciar suas operações no Brasil até o fim deste ano.
É um mercado dominado pelo iFood que, segundo a associação do setor, domina cerca de 80% do mercado. Wang argumenta que além de brasileiros "adorarem cupons", os descontos ajudam a "quebrar a inércia" do setor.
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