Ia ‘casamenteira’ tenta reinventar os apps de namoro
Depois de passar anos navegando sem rumo em aplicativos de namoro como Bumble e Tinder, ...
Depois de passar anos navegando sem rumo em aplicativos de namoro como Bumble e Tinder, Emma Inge, uma gerente de projetos de 25 anos em São Francisco, nos EUA, decidiu tentar algo diferente. Após clicar em um anúncio da startup Known, passou 20 minutos em setembro conversando com uma inteligência artificial (IA) "casamenteira".
O chatbot perguntou preferências (atlético) e seus alertas de comportamento (dependência emocional). Uma semana depois, uma notificação apareceu em seu celular. Ela tinha um par compatível. E, por uma taxa de US$ 25 (R$ 134), poderia encontrá-lo num bar.
É um exemplo de como a IA está transformando a indústria dos apps de namoro, que tentam incorporar a tecnologia para se reinventar numa fase de baixa. Eles estão inaugurando uma nova era do namoro on-line, em que as pessoas pagam por alguns poucos pares premium por semana, em vez de percorrerem um fluxo interminável de perfis.
" A IA já desempenha um papel importante em nosso negócio, mas ela tem potencial de ser uma verdadeira virada de chave, o próximo salto tecnológico " diz Hesam Hosseini, diretor do Match Group, dono do Tinder, que perdeu 5% dos assinantes em 2024.
Os apps de namoro enfrentam um obstáculo que o setor chama de "ciclo do desespero". É quando as pessoas baixam um app, ficam exaustas de deslizar perfis ou de serem deixadas no vácuo e o deletam. Segundo Hosseini, a mudança em direção a casamenteiros com IA lembraria os primeiros dias do namoro on-line, quando sites como o eHarmony pediam aos usuários que respondessem 80 perguntas sobre si mesmos para montar o perfil.
Embora startups já tenham IAs "casamenteiras", os grandes apps estão só começando. O Tinder testa um serviço de compatibilidade com IA chamado Chemistry. O Grindr, voltado para homens gays, lançou sua IA, que chama de gAI. Uma das seis soluções é um "padrinho virtual" que dá conselhos sobre conversas.