Pf mira bancários em combate a fraude no fgts
A Polícia Federal deflagrou, ontem, a 3ª fase da Operação Fake Agents, no Rio, para investigar um ...
A Polícia Federal deflagrou, ontem, a 3ª fase da Operação Fake Agents, no Rio, para investigar um esquema de saques fraudulentos de FGTS que teria desviado cerca de R$ 7 milhões de diversos jogadores de futebol, ex-atletas e treinadores, entre eles nomes que atuaram no Flamengo, como Paolo Guerrero, Obina e Alejandro Donatti; no Vasco, Titi e Raniel, além de Paulo Roberto Falcão, Gabriel Jesus, Ramires e outros. A corporação também afirma que há indícios de irregularidades no FGTS do técnico do penta, Luiz Felipe Scolari, o Felipão.
A quadrilha agia desde 2014, segundo a PF, e atuava de forma estruturada: identificava atletas recém-desligados de clubes que ainda tinham valores a receber do FGTS. Em seguida, usava assinaturas e documentos falsos para acessar o fundo junto à Caixa Econômica Federal e abrir contas em outros bancos em nome das vítimas. Por fim, os criminosos transferiam o dinheiro desviado para contas de laranjas, dificultando o rastreamento dos valores.
Advogada seria a chefe
De acordo com a PF, o grupo era chefiado pela advogada Joana Costa Prado Oliveira, conceituada no meio esportivo e que usava contatos em agências da Caixa para liberar valores indevidos. Em setembro, o Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-RJ decidiu pela suspensão de suas atividades profissionais. Em nota, o órgão afirmou ao GLOBO que "já havia instaurado um processo ético-disciplinar para apurar a conduta da advogada citada nas reportagens".
Os funcionários acusados são Sérgio Félix da Silva, Silvana da Silva Gomes e Gladys McLauglhin, segundo a TV Globo. Os suspeitos devem responder por falsificação de documento público, estelionato e associação criminosa, entre outros crimes que possam surgir com o avanço das investigações.