Miércoles, 19 de Noviembre de 2025

Motiva, ex-ccr, vende 20 aeroportos para mexicana asur

BrasilO Globo, Brasil 19 de noviembre de 2025

A operadora de concessões de infraestrutura Motiva (ex-CCR) anunciou na noite de ontem a ...

A operadora de concessões de infraestrutura Motiva (ex-CCR) anunciou na noite de ontem a venda integral de sua plataforma de aeroportos, a Motiva Aeroportos, que inclui 20 terminais na América Latina " como Confins e Pampulha, em Belo Horizonte, além de Curitiba, Goiânia e Foz do Iguaçu " por R$ 11,5 bilhões para a mexicana Asur. Esta opera aeroportos no sudeste do México, incluindo os terminas de Cancún e Cozumel, e em Porto Rico e Colômbia.
A transação já era aguardada pelo mercado. Em março, a Motiva contratou assessores financeiros para ajudar a procurar compradores. A decisão faz parte da estratégia de simplificar as concessões detidas pela ex-CCR. A companhia já havia anunciado a meta de levantar R$ 10 bilhões com a venda de concessões.
Com o negócio, alguns dos principais aeroportos do Brasil passarão às mãos da Asur. A empresa mexicana, que tem ações negociadas na Bolsa de Nova York, recebeu 71,3 milhões de passageiros em 2024, alta de 1,1% ante 2023, num total de 16 aeroportos. No terceiro trimestre, a receita total da Asur foi de 8,765 bilhões de pesos mexicanos (R$ 2,541 bilhões), alta de 17,1% ante igual período de 2024.
APROVAÇÃO DA ANAC
A Motiva Aeroportos recebe em torno de 45 milhões de passageiros ao ano. Os 20 terminais operados pela plataforma " são 17 no Brasil, mais aeroportos no Equador, em Curaçao e na Costa Rica " registraram receita líquida de R$ 2,96 bilhões no acumulado de 12 meses até o terceiro trimestre.
Com a venda integral da plataforma de aeroportos, a companhia agora ficará com a Motiva Rodovias " destaque para a RioSP, concessionária que opera a Via Dutra e a Rio-Santos " e a Motiva Trilhos " que opera o VLT Carioca e linhas de metrô em São Paulo e em Salvador.
Do valor total da transação, R$ 5 bilhões serão pagos pela Asur. Outros R$ 6,5 bilhões referem-se à dívida líquida das concessionárias de aeroportos, que agora ficarão a cargo do novo dono.
A conclusão da transação ainda passará pelo crivo da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e dos credores das concessionárias envolvidas. A expectativa é que o negócio seja concluído em 2026. Ele envolve ainda as operações nos seguintes terminais no Brasil: Navegantes e Joinville (SC); Londrina e Bacacheri (PR); Pelotas, Uruguaiana e Bagé (RS); São Luís e Imperatriz (MA); Petrolina (PE); Teresina (PI); e Palmas (TO).
Waldo Edwin Perez Leskovar, diretor vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores da Motiva, disse ontem que os recursos levantados com a venda, e com futuras transações, poderão ser destinados tanto para reduzir a dívida da companhia quanto para investir em novas concessões.
" Temos uma série de oportunidades por vir, estamos estudando várias " afirmou Leskovar em teleconferência com analistas, convocada logo após o anúncio do negócio. " Teremos não só vários leilões, como repactuações (de concessões que estão em desequilíbrio) que estão por vir. Estamos atentos a todas as oportunidades.
O executivo ponderou que, independentemente da estratégia, a política de distribuição dos lucros com os acionistas será mantida e que as decisões de novos investimentos obedecerão a "um processo seletivo de alocação de capital", ou seja, que a companhia será rigorosa nas escolhas.
O diretor-presidente da Motiva, Miguel Setas, reafirmou ainda a estratégia de simplificação das operações, que inclui também a possibilidade de vendas isoladas de concessões e a busca por um sócio minoritário para a Motiva Trilhos.
La Nación Argentina O Globo Brasil El Mercurio Chile
El Tiempo Colombia La Nación Costa Rica La Prensa Gráfica El Salvador
El Universal México El Comercio Perú El Nuevo Dia Puerto Rico
Listin Diario República
Dominicana
El País Uruguay El Nacional Venezuela