Seleção fica perto das quartas no mundial
brasil 100%
brasil 100%
Houve quem apostasse em um caminho complicado, em classificação suada, ou até em eliminação precoce por conta do forte grupo na primeira fase, mas o Brasil passou por cima das expectativas com a contundência com que despachou seus adversários até aqui no Mundial de basquete, na China. A seleção venceu Montenegro por 84 a 73, ontem, em Nanquim, e segue 100% na competição. Uma vitória contra a República Tcheca amanhã, na estreia na segunda fase, combinada com um triunfo dos EUA sobre a Grécia, já garante a classificação antecipada para as quartas de final. O Sportv transmite às 5h30m.
Na segunda fase, o Brasil está no Grupo K, ao lado de norte-americanos, tchecos e gregos, que foram adversários na primeira fase e não serão enfrentados novamente. Como herda a campanha da fase inicial, a seleção brasileira encontra-se na segunda colocação, com seis pontos, atrás dos EUA no saldo de cestas.
Caso os brasileiros avancem, dependendo da colocação, enfrentam o primeiro ou segundo colocado do grupo L, que tem França, Austrália, Lituânia e República Dominicana.
Destaque é o coletivo
A classificação ao mata-mata é quase imperativa ao Brasil na disputa por uma vaga nos próximos Jogos Olímpicos, em Tóquio. Como apenas as duas melhores equipes das Américas se classificarão via Mundial, o time brasileiro precisa garantir campanha melhor que pelo menos quatro das cinco equipes americanas que ainda estão na disputa: Argentina, Venezuela, Porto Rico, Estados Unidos e República Dominicana.
" Essa é a oportunidade que a gente tem. Temos que pensar nesse primeiro jogo, para só depois pensarmos nos EUA " disse Huertas, cestinha ontem com 16 pontos.
" O que aconteceu aqui agora fica para trás e vamos para a segunda fase sabendo que podemos estar a 40 minutos das quartas de final " completou o técnico Aleksandar Petrovic.
Uma das principais mudanças desde a chegada de Petrovic à seleção foi a constante rotação da equipe durante as partidas, com quase todo o elenco dividindo os minutos de quadra. Não por acaso, os melhores jogadores do Brasil apresentam desempenhos próximos. A força do coletivo é essencial.
Com um elenco com média de idade de 30 anos, a experiência de veteranos que atuam ou já tiveram passagem pelo exterior tem se mostrado um pilar importante para o bom desempenho do time. Nas estatísticas da Fiba, o pivô Anderson Varejão, de 36 anos, e ex-Cleveland Cavaliers e Golden State Warriors, é apontado como principal jogador do time, aparecendo como quarto cestinha (11,3 pontos) e melhor reboteiro (7,3 por jogo), ao lado de Cristiano Felício.
O cestinha é Leandrinho, também de 36 anos, com média de 14,3 pontos.