Viernes, 26 de Abril de 2024

Black Friday: perspectiva de comerciantes é de aumento nas vendas; movimento nas lojas cresceu nos últimos dias

BrasilO Globo, Brasil 26 de noviembre de 2021

Agência O Globo -
Após um longo período de reclusão e economia para as famílias brasileiras, a Black Friday deste ano é vista como a oportunidade para resolver a lista de pendências

Agência O Globo -
Após um longo período de reclusão e economia para as famílias brasileiras, a Black Friday deste ano é vista como a oportunidade para resolver a lista de pendências. Não à toa o varejo espera crescimento no faturamento em relação à campanha do ano passado e uma aproximação, ou em alguns casos, superação do volume de vendas registrado no período pré-pandemia. No Norte Shopping, a Di Santinni espera aumentar o faturamento em 25% a 30% em comparação com 2020. A Vivo, em 40%. A Utilicasa, de 70% a 80%. O Ponto, em 15%.
— A gente está acreditando muito nesse crescimento, pois ao longo de toda a semana já houve uma melhora com a pré Black Friday. E teve muita gente que não comprou nos últimos dois anos, pois estava muito preocupado — diz a gerente do Ponto Adriana Ramos, contando como a loja se preparou para a campanha: — Conseguimos abastecer todas as áreas da loja, estamos com pilhas de produtos e nada falta. Os fornecedores do grupo atenderam bem. E hoje conseguimos ter promoção de TV de 50 polegadas a R$ 2.499, preço que não tem sido visto no mercado.
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O monitoramento de preços prévio auxilia os consumidores na hora de identificar se os descontos são reais ou não. E a lista de compras evita que gastem por impulso. É assim que a maioria dos consumidores agem, como Thayani Sousa, de 36 anos. Ela, que perdeu renda durante a pandemia por ser motorista de transporte escolar, voltou a comprar nesta Black Friday, mas com cautela.
— Na pandemia, fiquei sem trabalhar por muito tempo. E mesmo agora que as aulas voltaram, minha renda caiu em R$ 400 em comparação com antes do Covid. Também está tudo muito caro. Ninguém tem pena da gente não. Aí tive que apertar as contas — relata ela, que esperou três meses para comprar uma TV: — A TV da sala estava com fantasma há três meses e dando dor de cabeça. Mas esperei a Black Friday para comprar. Fiquei monitorando preço até agora, pela internet e até presencialmente. Eu estava vendo na faixa de R$ 4.999, e agora achamos por R$ 3.999. Então vou levar.
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A Black Friday, aliás, é encarada como a última esperança de bons preços por muitos consumidores. Ingrid França, de 27 anos, comprou uma escova secadora nesta sexta-feira especial.
— Eu estava acompanhando o preço desde o mês retrasado e girava em torno de R$ 250. Vi o comercial ontem à noite então que sairia por R$ 100 e vim aqui antes do trabalho — conta a atendente de loja.
Mas nem todo mundo economizou ao depositar as últimas esperanças na campanha.
— Estava de olho há três meses em uma TV e comprei hoje, mas tinha achado mais barata no início da semana. A de 58 polegadas estava por R$ 2.650. A de 55, hoje, saiu por R$ 3 mil — admite Paula Xavier, de 28 anos, gerente de posto.
Falta de matéria-prima
Em geral, das lojas esperam ter resultados apenas um pouco abaixo dos obtidos na campanha pré-pandemia, em 2019. Uma das exceções é o segmento de telefonia, que viu crescer na pandemia a demanda por celulares por conta do home office.
— A loja ficou fechada até maio por conta da pandemia. Mas reabriu em junho e vendeu mais em 2020 com a interrupção do que nos 12 meses de 2019. Então a Black Friday 2020 foi melhor do que a 2019 para a gente. E este ano aumentamos a meta em 40% em relação ao ano passado. No ano passado a gente teve problemas pra comprar a quantidade necessária dos produtos, por conta da pandemia. Esse ano não, o estoque está alto — conta a gerente da Claro Amanda Abreu: — O fluxo até agora está o mesmo, mas a galera está comprando com um ticket maior, que gira em R$ 2.200, considerando produtos e serviços para a média.
Na Utilicasa, o problema do fornecimento não foi resolvido integralmente nesta edição da Black Friday.
— Artigos de metal ainda faltam, por ausência de matéria-prima no mercado. Não chegou tudo que queríamos de decoração de árvore, guirlanda... Mas a campanha ainda vai ser bem melhor do que a do ano passado. As pessoas estão saindo com menos medo. Desde quinta, o movimento aumentou muito, principalmente em busca de itens de decoração, cama, mesa e banho. E considerado novembro inteiro, se comparado a outro mês do ano, o faturamento fica 40% maior — afirma a gerente Fernanda Araújo Santana, de 43 anos.
Leia depoimentos de consumidores
Jorge Alves, de 34 anos, professor de Educação Física:
"Meu telefone quebrou na quinta-feira, caindo da minha mãe. Então pesquisei os preços pela internet, nas lojas, e um amigo meu que é gerente do Santander falou que havia uma promoção de condições especiais em parceria com a Vivo na Black Friday. Então deixei para comprar hoje. Estou com o pé bem no chão para não comprar nada além. Pois a situação ainda é difícil. A renda ainda está 40% menor do que antes da pandemia, pois alguns alunos de personal não retomaram as aulas. Então consumo bem menos, deixei de viajar, cortei um monte de custo entre saídas, alimentação e lazer em geral. O cartão de crédito está vindo 50% abaixo do que vinha, certamente."
Beatriz Baptista, de 37 anos, técnica de Enfermagem:
"Vim comprar um celular para o meu marido, que precisava trocar há mais de um ano. Ficava acompanhando o preço pela internet, em aplicativos de grandes redes de varejo... Mas também não corria atrás presencialmente por causa da pandemia. Então, nesta Black Friday resolvemos comprar. Deu para economizar R$ 300. E como achamos uma promoção boa de TV, por R$ 1 mil a menos, estou levando também."
Andressa da Conceição, de 28 anos, promotora de vendas:
"No ano passado, eu não quis gastar muito na Black Friday pois os preços não estavam bons e eu estava planejamento me mudar, então tinha que economizar. Além disso, tinha muita incerteza econômica. Então, eu me mudei há dois meses e agora quero umas coisas novas para casa, como manta, cobre leito, cortina. Fiquei olhando ofertas pela internet e vi que na Black Friday abaixaram os preços. Comprei esses itens aqui no shopping e, pela internet, um aspirador."
Ana Clara Rodrigues, de 22 anos, operadora de caixa:
"Eu me mudei há cinco meses, e desde então espero para comprar na Black Friday: uma máquina de lavar, uma air fryer e uma cama. Já comprei os dois primeiros itens e foram com bons descontos, pois comparei a preços que tenho acompanhado pela internet."
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