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As cartas, contendo telefone e endereço do autor, devem ser dirigidas à seção Leitores. O GLOBO, Rua Marquês de Pombal 25, CEP 20.230-240. Pelo fax, 2534-5535 ou pelo e-mail cartas@oglobo.com.br
A morte do perito
Com a morte lamentável e covarde do perito da Polícia Civil, fica provado que, quando se procura, acha. Ele morreu porque sabia onde encontrar os itens furtados de sua obra.
Não precisa ser um Sherlock Holmes para saber onde vão parar todos os furtos de cabo de cobre da rede ferroviária, cabos telefônicos e tampas de bueiro. Está mais do que provado que os grandes receptores são os inúmeros ferros-velhos espalhados por todo o Estado do Rio e em outros estados também.
Graduados da Marinha, em socorro a um pai comprovadamente contraventor, partiram para a reação mais torpe, acabando com a vida de uma pessoa que buscava aquilo que efetivamente era seu. Espero que a Justiça Militar puna exemplarmente essas pessoas.
Alvaro Carlos Caballero
Natalândia, MG
Tem cabimento a Marinha emitir nota dizendo "repudiar atos ilegais"?! Três militares da Marinha mataram um homem, em público, à luz do dia, e em seguida se utilizaram de um veículo da Força para se livrarem do corpo. Será que o conceito das Forças Armadas já se deteriorou a tal ponto que estejam sendo necessárias declarações desse jaez?! Será que uma parcela até pensa que a ditadura já retornou?!
Cândido Espinheira Filho
Rio
A reportagem do GLOBO sobre a morte do perito por militares demonstra que esse crime deverá ser punido com rigor pela Lei e pelo Regulamento Militar, mostrando, principalmente, que ninguém pode, impunemente, usar as Forças Armadas para proveito pessoal!
Alberto Cavalcanti
Rio
Total apatia
Ao ver a foto do presidente passeando de jet ski, eu me lembrei do ex-presidente que foi cassado nos anos 1990 e, consequentemente, lembrei-me da juventude cara pintada. Que pena ver a juventude de hoje, assim como os marmanjos, em estado de total apatia. E olha que o monstro de hoje é bem pior que aquele dos anos 90.
Antonio Costa
Rio
Democracia na UTI
No seu artigo "O golpe nosso de cada dia" (16 de maio), Fernando Gabeira atesta algo realmente preocupante, o que demonstra que nossa democracia corre enorme risco. Diz ele: "O que restou da democracia, sequestrada pela extrema direita, religiosos, militares e políticos?...A presença das Forças Armadas num processo eleitoral de que deveriam manter a distância segura, os supersalários de generais que se dizem salvadores da pátria, mas salvam seu próprio bolso " tudo isso fortalece um golpe porque reduz o potencial da própria democracia".
Análise perfeita da qual todo brasileiro deveria ter consciência para que possamos resistir e derrotar os golpistas.
DIRCEU LUIZ NATAL
Rio
Em seu artigo "O golpe já começou" (15 de maio), Bernardo Mello Franco expõe o histórico de golpista do presidente. Relembra que, "ao subir a rampa, Bolsonaro começou a pôr em marcha o plano anunciado em 1999. Não deu o golpe no ‘mesmo dia’, mas trabalha desde a posse para viabilizá-lo". O eleitor que lhe der um segundo mandato, em 2022, será corresponsável pelo golpe.
Nila Maria do Carmo Siqueira
Rio
Voto impresso
Os apologistas do voto impresso desconsideram o fato de que ele dá a todo eleitor o poder de impugnar a votação de toda a sua seção eleitoral, bastando para isso alegar que o voto que foi impresso não corresponde ao que foi digitado. Não servindo como referência indiscutível para dirimir eventuais discrepâncias entre o que foi digitado e o que foi impresso, o voto impresso não acrescenta nada à garantia da lisura do processo eleitoral.
Renato Vilhena de Araujo
Rio
Zimmerman apela
Bolsominions, não acreditem nas urnas eletrônicas, fiquem em casa no dia das eleições.
José Zimmerman
Rio
Castro e Freixo
Parabéns, governador, por tentar denegrir o candidato Marcelo Freixo, esquecendo que ele perdeu um irmão assassinado e não pode subir em morros porque a milícia não permite. Certamente a mesma milícia que matou Marielle Franco, cujo "inquérito" até hoje não "sabe" quem são os mandantes… Quem se alia a Bolsonaro já mostra ser conivente com bandidos.
Martha Ilg
Rio
Cada vez fale menos
Agora é assim: "Tudo o que você disser pode ser usado contra você", como no jargão judiciário. Então, não critique e, muito menos, elogie. Não use certas palavras que caíram em desgraça. Depois de uma vida inteira usando algumas delas, você descobre que elas não significam exatamente aquilo que lhe ensinaram lá na sua muito distante infância. Não diga "todos" sem acrescentar "todas", embora todos sem todas não sejam todos. Que tal todes? Enfim, cada vez fale menos. Pois as patrulhas estão ativas, e a repressão não alivia. E dia virá em que acabaremos mudos. Perdão, mudes.
Jorge Figueiredo
Rio
Canadá, já chego aí
Aqui no Canadá tem loja (Holt Renfrew) que vende vestido por 8.880 dólares (R$ 37.296). Uma piada é que é preciso vender um rim para comprar lá. Também aqui o tomate ficou mais vermelho, de vergonha do novo preço: R$ 12,19 o quilo. O filé-mignon já custa R$ 231,38/kg. Com o lockdown, caminhamos para o fim da globalização? E uma estagflação como nunca vista? A falta de pessoal é geral. Nous embauchons (nós empregamos) é a frase da moda. No residencial onde moro, faxineira custa $ 29,12 (R$102) a hora. Mesmo assim, falta gente.
Enio Bacellar
Montréal, Canadá
Motoqueiros
Já passou da hora de autoridades responsáveis pelo trânsito conterem a irresponsabilidade dos entregadores de alimentos e outros serviços em suas motos. Eles trafegam em alta velocidade, na contramão; fazem perigosas ultrapassagens; provocam acidentes, muitas das vezes sendo as próprias vítimas. Pensam que uma breve buzinada resolve tudo. Julgam-se com direitos que não têm. Pensam que as ruas são suas. Os condutores de outros veículos que se cuidem. Assim como outros veículos são obrigados a respeitar limites impostos pelo Código Nacional de Trânsito, esses motoqueiros (não são motociclistas) também.
Nelson Nóbrega
Rio
Medo na garupa
Faz alguns anos, cidades da Colômbia proibiram homens na garupa de motos com mais de 125cc. Os crimes praticados com auxílio desses veículos tinham crescido substancialmente. Podíamos tentar isso por aqui. Pode ferir o direito de alguns, mas daria segurança a muitos.
Mauricio Brandi
Rio
Fato não se apaga
No mínimo revoltante a cena em que policiais do governador Cláudio Castro destroem o memorial erguido por moradores do Jacarezinho em homenagem às famílias das 28 vítimas chacinadas na operação policial de maio do ano passado.
Ricardo Saboya
Rio
Em estágio terminal
Não ouso opinar sobre as outras metrópoles brasileiras, mas sobre o Rio, cidade onde nasci e vivi a maior parte de minha já longa vida, a certeza que tenho é de que o transporte público, hoje em estado terminal, nunca mereceu uma classificação próxima do que se poderia enquadrar como digno para servir à população. Sempre figurou, porém, entre os temas recorrentes de promessas de campanhas políticas, ao lado da saúde, da educação e da segurança, todos relegados pelas autoridades municipais após eleitas, quando então passam a priorizar o toma lá dá cá, a fim de se manterem no poder ou se catapultarem a cargos mais elevados.
Paulo Roberto Gotaç
Rio
Racismo que torce
No futebol, proliferam ataques racistas a torcedores e jogadores. Recentemente, num jogo em Santa Catarina, o treinador Roger Machado, que é negro, ouviu os nomes de sua esposa e filhas sendo xingados pela torcida adversária com ofensas e ameaças racistas. Segundo Roger, cujo nível de debate no futebol está bem acima do mero discurso boleiro que norteia a maioria dos futebolistas, o bolsonarismo autorizou o racista, que antes era reprimido, a se manifestar. Ser racista custa pouco, uma multa, um inquérito... No caso de Roger, não deu em nada. No futebol, clubes e federações emitem notas condenando os episódios, e só, quando deveriam sofrer duras penalidades. Mas como esperar tal iniciativa se a hipocrisia leva uma Copa do Mundo ao Catar, país onde o preconceito racial e de gênero também é cultural? Países onde mulheres e gays são discriminados e sequer podem frequentar estádios e ter acesso ao esporte deveriam ficar longe de qualquer competição.
Fabiano de Oliveira
Nova Friburgo, RJ