Ame vai descontar r$ 2,99 do saldo de ‘cashback’
O Ame Digital, carteira digital da Americanas, vai passar a descontar uma taxa de manutenção. Em ...
O Ame Digital, carteira digital da Americanas, vai passar a descontar uma taxa de manutenção. Em e-mail enviado aos clientes, a fintech anunciou que contas sem transações há 90 dias serão taxadas em R$ 2,99 mensais se tiverem saldo de cashback, que é o valor devolvido ao consumidor numa compra.
Até agora, a conta digital da Ame era gratuita. A cobrança ajudará a Americanas a reforçar seu caixa, dizem especialistas. A empresa enfrenta um processo de recuperação judicial desde que, em janeiro, revelou uma inconsistência contábil da ordem de R$ 20 bilhões. O plano proposto pela companhia foi rejeitado pelos credores na semana passada.
De acordo com o comunicado, a Ame passará a cobrar uma "Tarifa por Manutenção de Saldo de Cashback Inativo". O texto diz que o valor será cobrado mensalmente a partir do 91º dia em que o usuário ficar sem executar uma transação na plataforma.
O cliente cadastrado pode fazer compras com cartão de crédito bandeira Ame, carnê digital, cashback, boleto e Pix, além de transferências entre usuários da conta.
Segundo a fintech, a quantia será debitada do saldo de cashback disponível. Se não houver saldo suficiente para a cobrança da tarifa na totalidade, só será debitado o valor que estiver disponível, ainda que insuficiente para cobrir os R$ 2,99. O cliente não ficará com saldo negativo.
O saldo originado de um depósito ou transferência para a conta Ame, por exemplo, não se encaixa na cobrança dessa taxa. Portanto, informou a subsidiária da Americanas, o cliente nunca ficará negativado por causa dessa cobrança.
tarifa será mensal
Ainda segundo o texto, após a primeira cobrança, a tarifa de R$ 2,99 passará a ser mensal e consecutiva até que o usuário faça uma transação aprovada na Ame Digital, quando o débito será interrompido. A cobrança entrará em vigor no próximo dia 5 de julho.
A Americanas vem ampliando esforços para reforçar seu caixa. A cobrança de tarifas na Ame é uma alternativa, diz Bruno Diniz, da consultoria de inovação Spiralem, especializada em sistema financeiro:
" Quando a Americanas não estava em recuperação judicial, esse custo era bancado pela empresa. Agora, a cobrança alivia o custo de manter essa plataforma.
Em nota, a Ame afirma que a "revisão de regras é prática de mercado" e que seus clientes devem sempre verificar os termos de uso.