O ‘plant-based’ que ‘não quer copiar ninguém’ no sabor
A despeito das incertezas sobre o fôlego de alimentos à base de planta, a mineira Vida Veg ...
A despeito das incertezas sobre o fôlego de alimentos à base de planta, a mineira Vida Veg " que produz queijos, bebidas e cremes 100% vegetais " quer crescer 60% este ano e faturar R$ 125 milhões "sem copiar ninguém". Quem conta é o cofundador Álvaro Gazolla (foto), distanciando-se da estratégia de simular o paladar de produtos de origem animal adotada por muitas companhias do filão plant-based.
" Houve um boom no segmento de carnes vegetais, que conseguiu oferecer produtos de sabor análogo. Mas, em geral, a tração esperada não se confirmou. Nós atuamos em uma outra área desse fenômeno. Temos homus, creme de castanha etc., produtos que oferecem sabor, mas não tentam copiar ninguém. E esse segmento cresce com força " disse Gazolla.
Para crescer este ano, a startup acaba de entrar no segmento de sobremesas (com mousse de chocolate) e quer incrementar sua presença no varejo. O foco são mercados para as classes A e B de todo o Brasil:
" Estamos conversando com o varejo para que haja o agrupamento da categoria de refrigerados "feitos de plantas", criando espaços "instagramáveis" com produtos de várias marcas. Aumentaria a retenção.
Outra bandeira coletiva abraçada pela Vida Veg é a inclusão das bebidas vegetais na cesta básica, no âmbito da Reforma Tributária. Segundo Gazolla, o segmento chegou a conseguir a inclusão prévia no texto, mas acabou retirado.
" Nos mercados mais avançados, não há diferença tributária gritante entre competidores similares. É injusto para famílias com alergia à proteína do leite de vaca pagar mais caro por um produto que é uma necessidade. A reforma se propõe a repensar o futuro, e o segmento deveria fazer parte dele " disse, acrescentando que o setor está em diálogo com parlamentares.