A fintech que leva o crédito consignado às domésticas
A fintech Segue, especializada em crédito consignado, está negociando a criação de um ...
A fintech Segue, especializada em crédito consignado, está negociando a criação de um fundo de R$ 60 milhões para levar o empréstimo com desconto em folha para uma categoria profissional sem acesso à modalidade com uma das taxas mais baixas do mercado: as trabalhadoras domésticas.
" Temos 6 milhões de empregadas domésticas que dificilmente têm acesso a crédito e que acabam caindo no rotativo ou nas mãos de agiotas " diz o fundador da Segue, Rafael Sousa (foto), que trocou uma carreira como diretor financeiro no grupo JBS, onde participou da reestruturação financeira de subsidiárias nos EUA, Europa e Ásia, para ajudar os negativados a reestruturar suas próprias finanças.
Para reduzir o risco de crédito e poder oferecer taxas menores, a Segue desenvolveu um modelo que envolve os empregadores das domésticas, que concordam em abrir uma conta para efetuar o pagamento dos salários, autorizando o débito automático das parcelas. Ao acessar o crédito, as domésticas também têm acesso ao aplicativo da Segue, com conteúdos de assessoria e educação financeira.
A ideia de criar um produto para trabalhadoras domésticas surgiu quando uma conhecida de Rafael pediu ajuda para sua funcionária, enrolada com juros de um empréstimo de R$ 15 mil tomado junto a um vizinho agiota.
Rafael Sousa mira a criação de um FIDC (Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios) de R$ 60 milhões para poder alcançar 0,5% das domésticas do país, com empréstimos de R$ 2 mil em média.