Audiometria e alerta de apneia no fone e no relógio

Os lançamentos da Apple esta semana " iPhone 16 e a atualização de AirPods e relógios inteligentes " apostam em novas funções ligadas à saúde. Depois de recursos para quem tem problemas cardíacos e oxímetro, a empresa se volta para quem tem problemas auditivos e quem quer monitorar a qualidade do sono.
A Apple vai iniciar conversas com os órgãos reguladores para lançar as novas funções em mais de 150 países, incluindo o Brasil, já nos próximos meses. Um executivo da empresa afirmou ao GLOBO que, além de melhorar a qualidade de vida dos usuários, o objetivo é conquistar mais consumidores, ao oferecer uma "experiência integrada" entre os produtos. Segundo ele, a ideia é "obter as autorizações o mais rapidamente possível".
São quatro novos fones. No Brasil, os AirPods 4 vão custar R$ 1.499. Já o modelo com cancelamento ativo de ruído sairá por R$ 1.999. Há ainda os AirPods Max, com diversas opções de cor, por R$ 6.590, e os AirPods Pro 2, por R$ 2.599.
Os AirPods Pro 2 terão a função de realizar uma audiometria. Ao concluir o teste auditivo, o usuário terá acesso ao resultado, e o aparelho vai gerar um perfil de audição, que ficará armazenado no fone.
Indicado para quem tem perda auditiva, o fone conta com um chip que, por meio de seu algoritmo, reduz em tempo real o ruído a uma velocidade de 48 mil vezes por segundo. Além disso, o processador do fone consegue identificar sons de eventos ao vivo e shows, calibrando as variações.
" Hoje, 75% das pessoas diagnosticadas com perda auditiva não são tratadas " disse Sumbul Desai, vice-presidente de Saúde da Apple.
Nas linhas mais básicas, os AirPods 4 com cancelamento ativo de ruído têm a capacidade de reduzir automaticamente barulhos como motores de avião e trânsito. Há ainda a possibilidade de ajustar o volume caso o usuário comece a conversar com alguém próximo.
Já os Apple Watches Série 10 (a partir de R$ 5.499) e o Ultra 2 (a partir de R$ 10.499) terão recursos de notificação de apneia do sono, por meio da medição da respiração. Os relógios contam com acelerômetro, treinado com aprendizado de máquina, para detectar movimentos no pulso associados a interrupções nos padrões respiratórios durante o sono.
A cada 30 dias, os dados são analisados, sendo gerado um PDF, e o usuário é notificado. As informações são compartilhadas em três aplicativos, como o Vitals, que reúne métricas como frequência cardíaca, e o Saúde, que compila diversas medições, como exercícios.
" Isso pode ajudar a descobrir uma condição médica subdiagnosticada " disse Sairam Parthasarathy, professor e diretor do Centro de Ciências da Saúde da Universidade do Arizona.
*O repórter viajou a convite da Apple