Ex-opportunity faz aposta de meio bi no rio

Jomar Monnerat, que dirigiu o fundo imobiliário do Opportunity por mais de duas décadas e deixou o cargo em abril, está colocando seu novo negócio na rua. O plano é lançar mais de meio bilhão em empreendimentos residenciais na área onde possui especial expertise: a Zona Sul " que absorverá quase todo aquele valor, aliás " e o Centro do Rio.
Para viabilizar os projetos, o gestor fundou a consultoria RJDI " que estrutura e capta recursos para os empreendimentos ", a incorporadora Monza e um fundo imobiliário. Como sócio, está Raphael Zanola, com quem trabalhou por 16 anos na área imobiliária do Opportunity e que deixou a gestora de Daniel Dantas, Veronica Dantas e Dorio Ferman junto com Monnerat.
" Assim que saímos do Opportunity, a ideia era fazer algo menor, focado na arte de buscar pequenos terrenos na Zona Sul para desenvolver empreendimentos de porte médio. Mas fomos surpreendidos pelo interesse de investidores em participar, então ampliamos o escopo. Desde então, estudamos 70 negócios, fizemos propostas para 30 e fechamos seis " diz Monnerat, que alugou um escritório no Edifício Argentina, na praia de Botafogo, e já lidera uma equipe de dez pessoas.
‘Estúdios’
Ao todo, os empreendimentos somarão 376 unidades e um Valor Geral de Vendas (VGV) estimado pelos sócios em R$ 536 milhões. Cinco dos projetos estarão na Zona Sul, região onde os empreendimentos serão agrupados em uma "coleção" " espécie de marca que está sendo criada pela RJDI.
Serão dois em Copacabana, dois no Flamengo e um em Ipanema. Grande parte das unidades será de apartamentos compactos, os chamados "estúdios" " aqueles que, no passado, eram conhecidos como quitinetes. O primeiro será lançado ainda este mês, na Rua Cinco de Julho, em Copacabana.
Em março, a RJDI pretende lançar um residencial em uma das áreas mais valorizadas do Centro: o Bairro de Fátima. A companhia se associou à incorporadora W3, que já lançou na região o Cores do Rio e o Cores de Fátima " este na mesma rua do novo projeto.
" Ali, o público-alvo principal são as famílias. Não dá para ter só "estúdios" na região do Centro " acrescenta Monnerat.