Jueves, 21 de Noviembre de 2024

Tim vai vender energia no mercado livre em parceria com eletrobras

BrasilO Globo, Brasil 21 de noviembre de 2024

A TIM, que conta com 62 milhões de clientes e presença em todos os municípios do Brasil, vai ...

A TIM, que conta com 62 milhões de clientes e presença em todos os municípios do Brasil, vai estrear no mercado livre de energia. A operadora selou uma parceria inédita com a Eletrobras para vender eletricidade gerada a partir de fontes renováveis. A expectativa é que o novo serviço esteja disponível no primeiro semestre do próximo ano.
A união entre as duas empresas ocorre no momento em que o mercado livre de energia está se abrindo para todos os consumidores de alta tensão. Em agosto, o segmento alcançou 53.880 clientes, um crescimento de 50% em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel).
De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), mais de 36 mil novos consumidores devem migrar para o mercado livre até o próximo ano, dos quais 95% são empresas de menor porte.
A iniciativa da TIM acompanha movimentos semelhantes de outras empresas. Em junho, a Vivo anunciou o início das operações da GUD Energia, fruto de uma parceria com a Auren. Além disso, bancos como Santander, Itaú e XP também vêm investindo no segmento.
CLIENTES CORPORATIVOS
Neste primeiro momento, a parceria entre a TIM e a Eletrobras abrange a venda de energia apenas para clientes corporativos da operadora. Em uma etapa futura, a TIM não descarta ampliar a operação para todos os seus usuários.
" Operamos com 100% de energia renovável desde 2021. A parceria com a Eletrobras tem o potencial de democratizar o acesso ao mercado livre de energia para nossos clientes, contribuindo diretamente para o aumento do uso de fontes renováveis no Brasil " afirma Alberto Griselli, CEO da TIM Brasil.
Diferentemente do mercado cativo, que é atendido por concessionárias como Light e Enel, o mercado livre oferece contratos com durações variadas, podendo chegar a cinco anos. Além disso, as empresas de energia realizam a gestão das fontes, como solar e eólica, dependendo da época do ano, permitindo reduções de 30% a 40% no preço final da energia.
O memorando assinado entre a TIM e a Eletrobras também abre caminho para outros projetos que vão além da venda de energia elétrica, como a exploração de soluções tecnológicas relacionadas à conectividade para os ativos de geração e transmissão de energia da Eletrobras. Privatizada no governo de Jair Bolsonaro, a empresa detém 38,49% da rede de transmissão no país e é responsável por 23% da geração de energia no Brasil.
Segundo Griselli, a ideia é desenvolver ações de transformação digital utilizando soluções de 5G, já disponível em 500 municípios, e de Internet das Coisas (IoT). Com o acordo, a Eletrobras poderá contar com o canal de distribuição e atendimento ao cliente da operadora móvel. Atualmente, a TIM possui cerca de 3 mil profissionais atuando na força de vendas direta, além das revendas.
A estratégia é semelhante à adotada pela Vivo, que conta com uma rede de cinco mil vendedores no país.
" As empresas de energia apostam em parcerias com operadoras e bancos justamente para ganhar força e acessar o cliente final. Por isso, estamos vendo bancos e empresas de telecomunicações entrando nesse segmento com intensidade. Há um potencial de 200 mil pequenas empresas que podem migrar para o mercado livre nos próximos anos " explica o consultor de energia Fabio Borges.
ESCRITÓRIO EM SP
Ivan Monteiro, presidente da Eletrobras, afirmou, em nota, que a "parceria com a TIM está alinhada ao objetivo da Eletrobras de se tornar uma empresa completamente voltada para o cliente, protagonista na comercialização de energia no mercado livre, oferecendo um ecossistema de soluções completas e descarbonizadas para esse mercado".
Para isso, a empresa de energia inaugurou um escritório em São Paulo neste ano, de olho no segmento, que alcançou 551 clientes no segundo trimestre deste ano.
A abertura total do mercado livre para os consumidores residenciais, que somam 90 milhões no Brasil, está prevista para ocorrer até o fim desta década.
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