Greve de auditores trava liberação de 50 mil encomendas em guarulhos e viracopos
Dez entidades e associações de comércio exterior, aviação e transporte enviaram uma carta ao ...
Dez entidades e associações de comércio exterior, aviação e transporte enviaram uma carta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pedindo uma solução para a greve dos auditores da Receita Federal. A paralisação por reajuste salarial teve início em 26 de novembro e interrompeu operações de desembaraço aduaneiro, resultando no acúmulo de 50 mil encomendas nos aeroportos de Guarulhos e Viracopos, em São Paulo, os maiores do país.
As associações argumentam que o aumento dos custos e o atraso nas entregas colocam em risco a manutenção de contratos de empresas brasileiras no mercado internacional. O texto afirma que uma paralisação semelhante em 2022 gerou prejuízos de R$ 3 bilhões para exportadores e importadores apenas no primeiro semestre, segundo dados do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo (Sindasp).
"Os atrasos logísticos não apenas impactam as empresas de transporte e logística, mas também afetam diretamente o comércio exterior brasileiro, prejudicando a competitividade do país no mercado global e comprometendo a eficiência das cadeias de exportação e importação", dizem as entidades.
As entidades " entre elas a Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata), a Associação Brasileira de Operadores Logísticos (Abol); a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA); e o Brazil-U.S. Business Council (BusBc) "pedem audiência com o ministro Fernando Haddad e o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinha.
Nos Estados Unidos, milhares de trabalhadores que prestam serviço para a Amazon, organizados pelo sindicato dos caminhoneiros, entraram em greve ontem. A Amazon Teamsters, divisão representante dos funcionários que prestam serviço à empresa, anunciou a paralisação nas atividades em sete instalações: Skokie, Illinois, Nova York, Atlanta, São Francisco e Califórnia.
"Se seu pacote atrasar durante os feriados, você pode culpar a ganância insaciável da Amazon. Demos à Amazon um prazo claro para vir à mesa e fazer o certo por nossos membros. Eles ignoraram", disse o presidente geral do Teamsters, Sean M. O'Brien, no comunicado oficial do sindicato. Embora o Teamsters declare representar cerca de 10 mil pessoas (cerca de 1% da força de trabalho da multinacional) em dez instalações da Amazon nos Estados Unidos, a empresa não reconhece a filiação dos trabalhadores ao sindicato.
A Amazon Brasil disse que "as operações para o fim de ano no Brasil estão acontecendo dentro do planejado" e a greve nos EUA "não abala o mercado brasileiro". (Com agências internacionais)