Dívida pública federal chega a r$ 7,2 tri em novembro
A dívida pública federal cresceu 1,85% em novembro em relação ao mês anterior, somando R$ ...
A dívida pública federal cresceu 1,85% em novembro em relação ao mês anterior, somando R$ 7,2 trilhões, conforme divulgado pelo Tesouro Nacional ontem. Em 2023, o valor encerrou o ano em R$ 6,52 trilhões.
Essa é a dívida do Tesouro Nacional, e não considera indicadores de estados, municípios e estatais, além de títulos do Banco Central (BC).
Neste ano, o estoque da dívida pública federal aumentou R$ 683 bilhões, 10,49% superior ao estoque final de 2023.
A dívida federal é detida por instituições financeiras, fundos, contas de Previdência, governos, seguradoras e pessoas físicas.
Segundo o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública substituto, Roberto Lobarinhas, uma boa gestão de dívida passa por diversos elementos. Para ele, o desafio do ano que vem será ter uma estratégia flexível.
" O grande desafio para o próximo ano é que tenhamos uma estratégia flexível o suficiente para que ela possa navegar bem nas condições de mercado que vão ainda se apresentar a nós. Temos todos os instrumentos a nossa disposição, desde índices de preços mais curtos aos mais longos, prefixados em todas as categorias também, com uma base de investidores ainda muito bem diversificada " afirmou ontem em entrevista coletiva.
A dívida bruta, considerada o mais importante indicador de solvência do governo, deve atingir o equivalente a 81,8% do Produto Interno Bruto (PIB), em 2027, segundo relatório do Tesouro Nacional.
Depois, o endividamento entraria em trajetória de queda, chegando a 75,6% do PIB em 2034. Para este ano, a expectativa do Tesouro é que a dívida termine o ano em 77,7%, aquém do resultado até outubro, de 78,6% do PIB, segundo dados do Banco Central. Em 2023, a dívida foi de 74,4% do PIB.
Na mesma entrevista, Lobarinhas destacou que a atuação do Tesouro com leilões na última semana em meio à turbulência do mercado não tenta frear a alta do dólar,controlar o câmbio ou a curva de juros. Segundo ele, os leilões tiveram o objetivo de balizar preços em momento de maior volatilidade. (Com Valor)