Miércoles, 22 de Enero de 2025

Os bastidores da ‘succession’ rubro-negra

BrasilO Globo, Brasil 22 de enero de 2025

Falar de futebol normalmente é tratar de ídolos e de torcedores apaixonados. No caso de "A ...

Falar de futebol normalmente é tratar de ídolos e de torcedores apaixonados. No caso de "A reinvenção do Flamengo", série de quatro episódios que será exibida de hoje (após a transmissão do jogo contra o Bangu) até sábado no Sportv, o foco está nos cartolas, tradicionalmente as figuras menos populares deste universo. Mas isso não significa que falte emoção ou boas histórias. Pelo contrário. O grande tempero da produção, que explora a política rubro-negra desde a eleição de Eduardo Bandeira de Mello, em 2012, até hoje, são as disputas, rachas e traições no grupo de dirigentes que recuperou o clube administrativamente e o fez voltar a ser uma potencia esportiva.
" A gente tinha uma premissa básica que era explicar ou tentar responder a pergunta de como um clube falido, mas que tem uma torcida gigante, conseguiu desenvolver e aproveitar este potencial e transformá-lo em dinheiro e em conquistas esportivas. Para isso, a gente teve que mirar para o bastidor. Viramos o olhar totalmente para a política do Flamengo " explica o diretor da série Marcelo Pizzi.
" Para tornar a história mais saborosa a gente apimentou a discussão com muitas polêmicas e rachas ocorridos na chapa azul, como era conhecido inicialmente o grupo de dirigentes que assume  o Flamengo, encabeçados pelo Bandeira de Mello.
O grupo era inicialmente formado por Bandeira, Rodolfo Landim, Luiz Eduardo Baptista e Wallim Vasconcelos. Mas discordâncias e quebras de acordos levaram o quarteto a se afastar ao longo destes 12 anos. Ao ponto de, na última eleição, vencida por Bap, cada um deles encabeçar ou fazer parte de uma chapa diferente. Para Pizzi, uma história digna de séries sobre disputa de poder como as americanas "Succession" e "Game of thrones".
" Essa briga envolveu muita vaidade e muitas ações por baixo dos panos para que um determinado grupo se sobrepusesse a outro. Talvez a primeira tenha sido a saída do Bap.
Pizzi se refere ao episódio, ainda na primeira gestão de Bandeira, em que Bap chama a ele e seus aliados de escrotos e promete concorrer na eleição. Detalhe: por meio de mensagens enviadas num grupo de WhatsApp, sem se dar conta de que o próprio mandatário fazia parte.
A série, uma co-produção do Sportv com a Beyond Films (produtora de Ronaldo Fenômeno), entrevistou não só os quatro dirigentes, mas também outros ex-presidentes do Flamengo, como Kleber Leite, Patrícia Amorim e Márcio Braga " assim como jornalistas que acompanharam o clube nos últimos anos. Os jogadores, protagonistas do esporte, também têm voz. Entre eles, o ídolo Zico. Mas um em especial não participou: Gabigol.
" A gente tentou entrevistá-lo, lógico. Até porque entendemos que o Gabigol foi muito mais do que o atacante que marcou nas finais da Libertadores. Ele foi um fenômeno sociológico. Mas (a gravação) foi justamente na época do caso da camisa do Corinthians. Então ele não quis falar e o clube também não achou uma boa ideia.
Assim como a recuperação financeira e o reestabelecimento do Flamengo entre as potencias do futebol sul-americano, o período analisado pela série também inclui o incêndio no Ninho do Urubu, em 2019, que matou 10 garotos. Quase seis anos depois, os dirigentes voltaram a falar publicamente sobre o caso. Inclusive Bandeira, um dos réus no processo que segue correndo na 36ª Vara Criminal do Rio.
A partir de sábado, todos os episódios estarão disponíveis no Globoplay.
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