Paisagismo nos residenciais ganha relevância com o calor
Reunindo dados de seis institutos internacionais, a Organização Meteorológica Mundial ...
Reunindo dados de seis institutos internacionais, a Organização Meteorológica Mundial (OMM), órgão ligado à ONU, confirmou que 2024 foi o ano mais quente já registrado na História. A temperatura média global da superfície foi 1,55°C (margem de incerteza de 0,13°C) acima da média de 1850-1900 (período pré-industrial). Na prática, essa diferença fez do ano passado o primeiro com uma temperatura média global superior ao limite de 1,5°C que faz parte do Acordo de Paris.
O Brasil também bateu recordes de calor. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, a média das temperaturas no país em 2024 ficou em 25,02°C, ou seja, 0,79°C acima da média histórica de 24,23°C, registrada entre 1991 e 2020.
Com as mudanças climáticas e as temperaturas extremas cada vez mais evidentes, o mercado imobiliário tem buscado formas de atenuar a temperatura dentro de seus empreendimentos. Os projetos paisagísticos já não se destinam mais apenas ao embelezamento dos residenciais " ganharam também a função de oferecer conforto térmico. Nesse aspecto, até a escolha das espécies plantadas precisa ser muito bem pensada. As palmeiras, por exemplo, que são lindas e têm a cara das paisagens tropicais, não necessariamente oferecem a melhor sombra.
São muitos os fatores que influenciam no desenvolvimento do paisagismo de um empreendimento. Nos bairros planejados da Carvalho Hosken, a composição de plantas e espelhos d’água é constante e vai ganhando novos elementos. Na Península, na Barra da Tijuca, os residenciais ocupam menos de 10% da área total, o que permite ao morador desfrutar de dois parques de 45 mil metros quadrados cada um e uma trilha plana de quatro quilômetros, além de cinco jardins temáticos e praças.
" Usamos muitos elementos para garantir conforto térmico: vegetação, lagos, gramados e pavimentação natural no lugar de asfalto, por exemplo. Assim, conseguimos diminuir o efeito das chamadas "ilhas de calor", que são comuns nas metrópoles. Para os moradores, isso se traduz em bem-estar e qualidade de vida " observa a head de Incorporação e Marketing da Carvalho Hosken, Amanda Cabral.
No Ilha Pura, também na Barra, do BTG Pactual, o destaque na categoria "sombra e água fresca" é o Parque Frans Krajcberg, com 72 mil metros quadrados de área verde, o equivalente a dez campos oficiais de futebol. Toda a estrutura de lazer está rodeada por centenas de árvores, inclusive frutíferas, além de lagos e espelhos d’água. Um refresco e tanto para os moradores das 3,6 mil unidades do bairro planejado: quando todos os apartamentos estiverem ocupados, serão 15 mil pessoas.
" O parque tem um papel relevante para o entorno, ajudando diretamente na redução da temperatura local e amenizando os efeitos urbanos do calor. Há uma oferta de espaços sombreados bem planejados para incentivar a vida ao ar livre. A escolha das espécies também traz muito frescor, gerando conforto térmico e ajudando a criar corredores de ventilação natural " explica a head de Incorporação do Ilha Pura, Talitha Ribeiro.
A RJZ Cyrela, por sua vez, fechou parceria com a EDSA, empresa norte-ame- ricana de arquitetura pai- sagística e design urbano, para lançar dois novos empreendimentos de alto padrão na Barra: o Woods Park Design by EDSA e o OX Park Design by EDSA. Os residenciais serão erguidos em uma área de 110 mil metros quadrados, com grande parte da área preservada para o bem-estar e a contemplação dos futuros moradores.
Além disso, grandes parques privativos terão espaços de lazer conectados à natureza exuberante da região. Ao que tudo indica, o carioca anda mesmo atrás de um refresco para o verão: 90% das 348 unidades foram vendidas em menos de uma semana de lançamento.