Forma de pagamento já responde por 67% do total
O valor movimentado por meio de compras por aproximação cresceu 48,3% em 2024 e chegou a ...
O valor movimentado por meio de compras por aproximação cresceu 48,3% em 2024 e chegou a R$ 1,5 trilhão, consolidando a modalidade como a principal escolha dos brasileiros para pagamentos presenciais com cartão de crédito ou débito. Esse formato já responde por 67,2% das transações em estabelecimentos físicos, segundo dados divulgados ontem pela Abecs, entidade que representa a indústria de meios eletrônicos de pagamento.
Ano passado, foram registrados 23,6 bilhões de pagamentos por aproximação, alta de 34,9% em relação a 2023. Em média, foram 2,6 milhões de operações a cada hora.
Embora a maioria desses pagamentos ainda seja realizada com cartões (74%), os celulares já representam uma parcela relevante das transações (33%).
Além disso, o volume de pagamentos com cartões de crédito, débito e pré-pagos atingiu R$ 4,1 trilhões em 2024, crescimento de 10,9% em relação ao ano anterior. Para 2025, a projeção é de um avanço entre 9% e 11%, ultrapassando R$ 4,5 trilhões.
Giancarlo Greco, presidente da Abecs, avalia que o desemprego historicamente baixo, além do desempenho do comércio, ajudam a explicar o crescimento.
Os dados da Abecs revelam que o parcelamento sem juros representa 41% do valor total movimentado no cartão de crédito. A maioria das compras parceladas (65%) é em até seis vezes sem juros.
Entre os setores que mais impulsionaram os pagamentos, pet shops registraram o maior crescimento no comércio (22%), enquanto cuidados pessoais lideraram entre os segmentos de serviços, com alta de 25%.
crédito segue líder
O cartão de crédito manteve a liderança no mercado em 2024, com R$ 2,8 trilhões movimentados, um aumento de 14,6%. Já o cartão de débito registrou leve queda de 0,1%, totalizando R$ 1 trilhão no ano. O cartão pré-pago apresentou o maior crescimento, com avanço de 18,1% e R$ 379,4 bilhões transacionados.
No próximo dia 28, os bancos começarão a oferecer aos seus clientes o Pix por aproximação, com cadastro nas carteiras dos celulares, o que pode reduzir o uso da função débito. Para Greco, a tendência é que essa modalidade "ande de lado" nos próximos meses, podendo até registrar leve queda:
" Quase 75% do uso de meios de pagamento está entre Pix e cartão de crédito. A luta continua sendo contra o papel-moeda. Imaginamos que o cartão de débito vai andar de lado, talvez trazendo uma pequena queda em 2025.
Em 2024, os gastos de brasileiros no exterior seguiram crescendo, com aumento de 19,7% em relação ao ano anterior e US$ 15,8 bilhões movimentados. A Europa se consolidou como o principal destino, com avanço de 30,9% no valor transacionado, que alcançou R$ 38,6 bilhões. O continente agora responde por 45% do total, ampliando sua liderança e superando os Estados Unidos em 9,1 pontos percentuais. Os gastos nos EUA cresceram 23,8%, chegando a R$ 30,7 bilhões.