Lucro da vale cai 23% em 2024 e soma us$ 6,17 bi

A mineradora Vale registrou lucro líquido de US$ 6,166 bilhões no ano passado, uma queda de 23% ante os US$ 7,983 bilhões de 2023, informou a mineradora na noite de ontem. Em comunicado, o CEO da companhia, Gustavo Pimenta, comemorou "o forte desempenho operacional e financeiro em 2024". Ano passado, a mineradora ampliou a produção do minério de ferro e de cobre. Só que os preços médios de venda foram menores, com a desvalorização da matéria-prima, que é cotada globalmente.
No quarto trimestre, porém, a Vale teve prejuízo de US$ 694 milhões, quando considerado o resultado "líquido atribuído aos acionistas". No comunicado, a companhia justificou o resultado com o "efeito da depreciação do real na marcação a mercado de swaps de obrigações", ou seja, por causa da alta do dólar e de baixas contábeis referentes a minas da subsidiária da Vale Base Metals (VMB).
Ainda assim, Pimenta destaca no comunicado a "abordagem disciplinada em custos e eficiência operacional". Segundo o texto, os custos de produção, que na medida mais usada pela empresa foram de US$ 18,80 por tonelada de minério de ferro no quarto trimestre, ficaram nos mais baixos níveis desde 2022.
A abordagem disciplinada se refletiu em uma redução na previsão de investimentos para este ano. A revisão ocorreu mesmo após, na semana passada, Pimenta ouvir diretamente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva uma cobrança pública por aumento de aportes. A Vale agora espera investir US$ 5,9 bilhões este ano, em vez dos US$ 6,5 bilhões previstos anteriormente.
Apesar do resultado financeiro pior, a Vale anunciou também pagamento de US$ 1,984 bilhão em dividendos aos acionistas. Os valores serão pagos em março.
Recompra de ações
Além disso, a mineradora anunciou mais uma rodada do programa de recompra de ações. Geralmente, as empresas abertas fazem isso para sinalizar ao mercado que consideram o preço das ações abaixo do justo.
Conforme comunicado, a Vale pretende comprar 120 milhões de ações, ou 3% do total de papéis em circulação, num prazo de 18 meses.