Trump cria reserva estratégica de bitcoin nos eua
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na noite de quinta-feira um decreto ...
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na noite de quinta-feira um decreto criando uma reserva estratégica de Bitcoin, uma promessa da campanha eleitoral. Mas, apesar de executivos do setor de cripto terem comemorado, a cotação do Bitcoin chegou a cair 5,7%, aparentemente devido à decepção com o fato de que o governo não vai comprar criptomoedas.
O decreto foi divulgado nas redes sociais pelo czar das criptomoedas da Casa Branca, David Sacks. O texto estabelece que essa reserva será formada por moedas digitais confiscadas pela Justiça em processos criminais e que estão em mãos do governo federal. Essas criptomoedas também não serão negociadas.
O documento informa ainda que, mais à frente, o Tesouro e a Secretaria do Comércio vão traçar estratégias para ampliar essas reservas para obter mais Bitcoin. Mas não deve haver impacto para o Orçamento nem para os contribuintes americanos.
"O propósito da reserva é a administração responsável dos ativos digitais do governo sob o Departamento do Tesouro", afirmou Sacks nas redes sociais. E assegurou que o uso desses ativos confiscados "não custará um centavo aos contribuintes."
Atualmente, os EUA têm cerca de US$ 16,4 bilhões em Bitcoin e cerca de US$ 400 milhões em sete outras criptomoedas.
Por volta das 19h, o Bitcoin caía 4,6%, a US$ 86,3 mil.
Ontem, Trump afirmou que pode implementar, em breve, tarifas recíprocas sobre a madeira e os laticínios canadenses:
" O Canadá vem nos explorando há anos com tarifas sobre madeira e laticínios. Uma tarifa de 250%, que está prejudicando nossos agricultores. Isso não vai mais acontecer.
Ele disse que o Canadá enfrentará exatamente a mesma tarifa se não reduzir as taxas sobre os produtos americanos.
Brasil busca discutir aço
Enquanto isso, o Brasil busca evitar ser alvo das tarifas de Trump. Ontem o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, conversou com o representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer. Ficou acertado que, a partir da semana que vem, haverá reuniões técnicas entre representantes dos dois países. O objetivo é buscar um acordo que evite prejuízos às exportações brasileiras de aço alumínio.
No entanto, os CEOs das três maiores siderúrgicas americanas fizeram ontem um apelo a Trump para não haver exceções nas tarifas. (Com Eliane Oliveira)