Com leilão de portos, governo arrecada r$ 857 milhões
O governo realizou, ontem, o primeiro leilão de arrendamento portuário de 2025, formado por ...
O governo realizou, ontem, o primeiro leilão de arrendamento portuário de 2025, formado por terminais do Porto do Rio de Janeiro e de Paranaguá (PR). Ao todo, foram arrecadados R$ 857,1 milhões ao longo dos contratos.
No Porto do Rio, a área de 7,7 mil metros quadrados, que movimenta carga geral e granéis sólidos, foi arrematada pelo Consórcio Porto do Rio por R$ 2,1 milhões. O contrato tem prazo de dez anos e prevê investimentos de R$ 6,79 milhões. Houve apenas um interessado.
Já para os terminais de Paranaguá houve 16 propostas, o que surpreendeu o governo. Os contratos são de 35 anos. O bloco leiloado é totalmente voltado ao agronegócio, e os contratos de concessão preveem a ampliação da capacidade logística para o escoamento da produção agrícola brasileira.
Havia previsão de leiloar também uma área em Porto Alegre (RS), mas o terminal foi retirado do bloco para ajustes e deve entrar na segunda etapa de arrendamentos do setor, em junho. Serão incluídos nessa rodada mais dois terminais do Porto do Rio, uma área em Vila do Conde (PA) e outro em Recife.
Os blocos de terminais em Paranaguá foram arrematados por outros players. O PAR14, dedicado à movimentação e armazenagem de granéis sólidos vegetais, como farelo de soja, soja e milho, foi arrematado pelo BTG Pactual Commodities Sertrading S.A por R$ 225 milhões. O volume de investimento é de R$ 1,2 bilhão na ampliação da capacidade de armazenamento e no berço de atracação para receber navios de grande porte.
O PAR15, que tem como foco o transporte e a armazenagem de granéis sólidos vegetais, foi arrendado pela Cargil Brasil Participações Ltda por R$ 411 milhões em infraestrutura de armazenagem e ampliação do berço de atracação. Com capacidade para movimentar 4 milhões de toneladas por ano, o terminal receberá aporte de R$ 656,85 milhões.
Já o PAR25, que também vai movimentar e armazenar granéis sólidos vegetais, foi arrematado pelo consórcio ALDC por R$ 219 milhões. A previsão de investimentos é de R$ 216,98 milhões.