Viernes, 09 de Mayo de 2025

Eólicas: planalto monta operação para manter veto de lula

BrasilO Globo, Brasil 9 de mayo de 2025

Sob risco de derrota no Congresso Nacional, o Palácio do Planalto montou uma operação para tentar ...

Sob risco de derrota no Congresso Nacional, o Palácio do Planalto montou uma operação para tentar manter de pé o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na lei que define regras para instalação de eólicas em alto-mar (offshore).
A articulação política do governo foi avisada de que os parlamentares pretendem derrubar o veto presidencial em sessão prevista para 27 de maio. Se isso ocorrer, medidas como a contratação compulsória de termelétricas a gás e a carvão terão de ser honradas a um custo elevado, o que pode gerar alta de até 9% nas contas de luz, segundo cálculo das distribuidoras de energia. O governo também avalia que esse veto pode aumentar as contas de luz.
Para evitar o revés, auxiliares de Lula solicitaram ao Ministério de Minas e Energia (MME) a elaboração de um projeto para lidar com alguns dos "jabutis" incluídos no texto das eólicas, como são chamados os itens estranhos ao projeto. O plano é "conter danos" e oferecer aos parlamentares uma proposta alternativa, que teria impacto menor na conta de luz, em troca da manutenção do veto.
Novo texto
Na avaliação do Planalto, pressões de diferentes segmentos do setor elétrico estão atuando neste momento em conjunto pela derrubada do veto, já que todos os "jabutis" foram reunidos em um único dispositivo na lei. Ao acatar recomendação do MME para vetar, Lula invalidou ao mesmo tempo todas as medidas inseridas no projeto.
Ao sugerir um novo texto, o time do petista acredita que conseguirá "furar" a possibilidade de derrubada do veto, negociando item a item com cada grupo interessado.
Técnicos do MME avaliam, por exemplo, que parte do que está proposto terá simplesmente de ser eliminado. É o caso da contratação compulsória de térmicas a gás "inflexíveis", cujo uso é constante, em vez de ocorrer em momentos específicos de escassez de energia. Para o ministério, não se justifica obrigar via lei das eólicas essa contratação em um momento em que o governo se prepara para realizar um leilão de oferta de capacidade.
Já em outros segmentos, há espaço para negociação. A prorrogação do uso de termelétricas a carvão pode ser mantida desde que haja redução do valor, segundo integrantes do governo.
Uma mudança de parâmetros também deve ocorrer em outros dispositivos inseridos, caso da prorrogação dos contratos do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfra) e contratação da geração de Pequenas Usinas Hidrelétricas (PCHs) mesmo se não houver necessidade dessa energia.
Para a Abradee, associação que representa as distribuidoras de energia, todos os projetos incluídos deveriam permanecer vetados, já que trazem custos elevados e desnecessários.
" As medidas não são adequadas. Elas representam um custo de R$ 19 bilhões a mais por ano até 2050. É o equivalente a termos bandeira vermelha na conta de luz todos os meses por todo esse tempo " disse Marcos Madureira, presidente da Abradee.
La Nación Argentina O Globo Brasil El Mercurio Chile
El Tiempo Colombia La Nación Costa Rica La Prensa Gráfica El Salvador
El Universal México El Comercio Perú El Nuevo Dia Puerto Rico
Listin Diario República
Dominicana
El País Uruguay El Nacional Venezuela