Lunes, 12 de Mayo de 2025

Eua e china relatam ‘avanços significativos’ nas negociações

BrasilO Globo, Brasil 12 de mayo de 2025

Tanto os Estados Unidos como a China relataram "avanços substanciais" após dois dias de ...

Tanto os Estados Unidos como a China relataram "avanços substanciais" após dois dias de negociações em Genebra, na Suíça, com o objetivo de desescalar a guerra comercial. Segundo o vice-premiê chinês, He Lifeng, foi "um importante primeiro passo" para resolver as diferenças entre as duas maiores economias do mundo.
Apesar de nenhum dos lados ter anunciado medidas específicas ontem, He disse que os dois países concordaram em criar um mecanismo para estender as conversas, a ser liderado pelo secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, e o próprio vice-premiê. Bessent disse que os EUA darão detalhes hoje, e He prometeu um comunicado conjunto.
" Como dizemos na China, se os pratos são deliciosos, a duração não importa " disse a repórteres em Genebra o vice-ministro do Comércio chinês, Li Chenggang. " Quando forem divulgados (os detalhes), será uma boa notícia para o mundo.
O representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer, que também participou das reuniões, disse que as diferenças entre os lados "não eram tão grandes quanto se pensava".
As conversas ocorreram na residência do embaixador da Suíça na ONU, que serviu de sede para as equipes dos dois países.
elogios mútuos
Os negociadores assumiram um tom positivo ao falar com jornalistas. He citou o profissionalismo dos americanos, e Greer deu a entender que as disputas comerciais entre os países podem ter sido superestimadas.
" É importante entender o quão rapidamente fomos capazes de chegar a um acordo, o que talvez signifique que as diferenças não eram tão grandes como havíamos pensado " disse Greer. " Isto posto, houve muito trabalho a ser feito nesses dois dias.
A questão agora é como os mercados reagirão hoje. Na Ásia, que devido ao fuso horário abre mais cedo, o dólar começou a subir frente às principais moedas, incluindo o euro, o iene e o franco suíço.
"Apesar de continuarmos céticos de que qualquer coisa substancial possa ser obtida depois de apenas dois dias de negociação, está claro que os dois lados estão buscando desescalar a situação", afirmou em nota Win Thin, diretor global de estratégia de mercados do banco Brown Brothers Harriman & Co.
Temor de escassez
As tensões entre as duas maiores economias do mundo chegaram ao ápice depois que o presidente Donald Trump subiu as tarifas sobre produtos chineses para 145%. O objetivo da taxação é punir a China por seu suposto no tráfico de fentanil, bem como por seu elevado superávit comercial com os EUA. Em resposta, Pequim elevou suas tarifas sobre produtos americanos para 125%.
Esse embate tarifário levou a um impasse entre as potências, com nenhuma das partes disposta a ceder.
Eventualmente, ambos os lados reconheceram a necessidade de reduzir as tensões e as tarifas, e anunciaram a realização de negociações públicas.
O receio de prateleiras vazias pode ter contribuído para a urgência dos encontros. Trump e sua equipe econômica receberam apelos de executivos do varejo, que alertaram para uma possível escassez de produtos em decorrência do tarifaço.
Decreto para remédios
Em sua rede Truth Social, Trump prometeu assinar hoje um decreto reduzindo os preços de medicamentos nos EUA. Ele vai determinar que o país pague o menor preço cobrado em outra nação pelo mesmo remédio. Segundo o presidente americano, os preços podem cair de 30% a 80% " mas também poderiam subir no resto do mundo para "equalizar" os valores.
"Nosso país será finalmente tratado com justiça", escreveu Trump.
Os remédios custam mais nos EUA que em qualquer outro país.
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