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As cartas, contendo telefone e endereço do autor, devem ser dirigidas à seção Leitores. O GLOBO, Rua Marquês de Pombal 25, CEP 20.230-240. Pelo fax, 2534-5535 ou pelo e-mail cartas@oglobo.com.br
Colapso silencioso
Cora Rónai, a defensora de pets e de animais maiores, que não podemos domesticar, escreve sempre lindamente também sobre netos e livros. Na última coluna, ela escreveu sobre insetos ( "A paz dos insetos mortos"). Bem no Dia Mundial do Meio Ambiente. Tudo a ver. Claro que estamos sentindo a falta dos vagalumes e das borboletas da nossa infância. Também nos preocupa a possibilidade do desaparecimento das abelhas e do processo de polinização e tudo o que isso implica. O que a colunista, porém, descreve, usando números e estatísticas, é o que ela chama de colapso silencioso. Pesticidas em excesso e as mudanças climáticas se encarregaram do vertiginoso sumiço dos insetos em geral. Além dos horrores das guerras, sempre muito noticiadas, convivemos também com o catastrófico silêncio dos insetos mortos.
A "inteligência" real do ser humano foi bem ativa na destruição. Algo que, infelizmente, a inteligência artificial não vai conseguir atenuar.
ISABEL PENTEADO
Rio
Será que é possível? Cora nos remete às maravilhosas viagens, sonhadas, de nossa infância. No entanto, traz-nos um paradoxo que não é a triste lembrança de um passado longínquo, mas, sim, a triste lembrança de uma hecatombe, já em curso. Lembrando os insetos, besouros, cigarras, borboletas e as lindas joaninhas. Quase todos desaparecidos e nos indicando de forma clara o que já devíamos saber. Rachel Carson, na década de 1960, já nos alertava. Estamos caminhando para a destruição da Terra não por uma hecatombe nuclear, mas pela ação do próprio homem no seu dia a dia. Só um reparo. "Pesticidas", "defensivos" já são nomes inadequados. Agora procuramos chamar a atenção a essas questões usando nome correto. São agrotóxicos.
Andre Gemal
Rio
Confesso que, ao ler o texto de Cora Rónai, fiquei assustado. Ela está com toda a razão ao chamar a atenção sobre a escassez de insetos e, em consequência, a diminuição de pássaros no meio ambiente. Líderes mundiais não creem no desequilíbrio climático e, por omissão, deixarão para seus descendentes a herança de um planeta sem esperança.
MAURICIO COSTA
NITERÓI, RJ
Capivara protegida
Gostaria de lembrar,
a propósito da obituário
sobre a arqueóloga Niede Guidon (5 de junho), que o Parque Nacional Serra da Capivara, no Piauí, foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)
em 1993. O tombamento
está assentado no chamado "Livro arqueológico, etnográfico e paisagístico", que é uma das especialidades em que se dividem os tombamentos, dentro
da instituição.
A Unesco já havia reconhecido
o parque como patrimônio mundial quase dois
anos antes.
Vera Lúcia Medina Coeli
Rio
A Quaest que falta
Não se pode ignorar, é claro, que o atual governo enfrenta sérios problemas e propõe, com frequência, medidas para superá-los. A maioria dessas iniciativas não se torna realidade sem o beneplácito do Congresso Nacional, que, no entanto, sobrepõe os interesses do grupo partidário majoritário à importância mesmo das propostas para o país. Como ilustração, os recentes casos da isenção do IR na fonte para rendimentos até R$ 5 mil e o do aumento da alíquota do IOF. Por outro lado, o Congresso vai às últimas consequências na defesa de estranhas emendas secretas, propõe e aprova projetos de lei que põem em risco a preservação do meio ambiente, sem qualquer visão futura de sustentabilidade, e veem urgência e importância na aprovação do aumento do número de seus membros. Não seria também oportuna uma pesquisa Quaest sobre como anda a aprovação ao Congresso Nacional junto ao eleitorado?
Antonio Urano
Rio
Disse tudo, Elmor
Se os nossos "ilustres" deputados e senadores, que só trabalham (sic) de terça a quinta-feira. ficassem sentados em suas cadeiras e ficassem lendo este espaço de cartas do GLOBO, fariam um bem danado ao Brasil. Lendo, saberiam das necessidades do povo e do Brasil. Mas não. Ficam em rodinhas com assuntos sem importância. Eles se encaixam na frase de Sócrates
"Só sei que nada sei".
ELMOR JUCY DE OLIVEIRA
NITERÓI, RJ
O mané ganhou
Como então o condenado juiz Bretas, uma vergonha para seus pares, tem como duríssima pena de seu respeitável Judiciário
uma aposentadoria com salário integral?! Que maldade!
E o merecido auxílio-moradia, duplicado para sua mulher
no mesmo apartamento;
não será mais pago? Que desconsideração! Temos na verdade uma Justiça injusta e ridícula. O mané ganhou, não
é mesmo, ministro Barroso?
Raul Campos
Rio
Destino misterioso
A reformulação do contrato de administração do Galeão em melhores condições enfim foi aprovada pelo TCU. Nela, consta que a Infraero será indenizada em R$ 502 milhões para abrir mão dos 49% que tem nos terminais de embarque e desembarque. A pergunta é: para onde irão as centenas de funcionários da estatal?
Marcos Coutinho
Rio
Natalia e os planetas
Poderíamos discorrer sobre o "pretenso" cientificismo da astrologia, sobre astrologia sideral, paralaxe estelar ou mesmo sobre o olhar preconceituoso da colunista Natalia Pasternak. Mas vamos nos ater ao que importa e que talvez até seja verdade: falta humanidade nas suas colocações, afinal, "estrelas (e planetas?) mudam de lugar, chegam mais perto só pra ver, e ainda brilham na manhã, depois do nosso adormecer".
Sérgio Augusto de M. Chaves
Rio
Ah, SulAmérica...
Apesar de o Ministério Público
do Rio já ter movido ação contra uma outra operadora de plano
de saúde e ameaçá-la de multa diária de R$ 50 mil caso ela continuasse a exigir o CNES
dos profissionais que atendem em domicílio, como os fisioterapeutas, a operadora de SulAmérica continua ainda hoje a negar o reembolso aos seus associados que utilizam o serviço desses profissionais pela falta
do CNES deles. Apesar de todo
o determinado/ normatizado pelo MPRJ e pela própria ANS.
Paulo Pitta
Rio
Notícia no GLOBO informa que "lucro dos planos de saúde dobra no primeiro trimestre". Os lucros foram de R$ 6,9 bilhões em 2025 ante R$ 3,1 bilhões no mesmo trimestre de 2024. Os investimentos das operadoras médico-hospitalares vêm crescendo e atingiram o patamar de R$ 128 bi em março de 2025, com um retorno de R$ 3,6 bi no período, recorde da série histórica. No primeiro trimestre de 2025, o índice de sinistralidade foi de 74,4%, o menor desde 2018. Ora, com tudo isso, já era hora de as operadoras darem a devida atenção a seus associados, parando de atazaná-los com exigências descabidas e retribuindo-os com reajuste zero nas mensalidades em 2025, principalmente nos planos coletivos por adesão,
os mais desamparados.
Ricardo Villa-Forte
Rio
‘Sucesso’, jura?
Sobre a operação para prender traficantes do Ceará, na Rocinha, ontem de manhã, há uma pergunta que não quer calar: a fuga encetada pelos bandidos não era algo previsível? Por que não se posicionaram tropas na rota utilizada para capturá-los? Parece uma repetição do que aconteceu no Morro do Alemão anos atrás. Segundo o governador, essa operação
foi um sucesso, talvez por "terem prendido o imóvel"
que os bandidos ocupavam.
Aparecido Francisco de Oliveira
Rio
Abuso líquido e certo
A indiferença e a ganância arrecadatória da concessionária Águas do Rio são, sim, um dos fatores de esvaziamento do Centro do Rio, como destacou o leitor João Carlos da Cunha. Os imóveis comerciais vazios são cobrados por um consumo mínimo arbitrado pela Águas do Rio, que penaliza os proprietários dos imóveis, que preferem abandoná-los a pagar taxas abusivas sem consumo medido. Exemplo: uma pequena loja de 30m2 fechada paga mensalmente, sem qualquer consumo, R$ 482,54 (equivalente a 10m3). Só a título de comparação, a Light, concessionária de energia, cobra na mesma situação, sem consumo, R$ 105.
A cobrança abusiva e arbitrária também dificulta a locação das lojas e salas comerciais, que dificilmente, mesmo ocupadas, atingem esse consumo mínimo, já que muitas vezes contam apenas com um pequeno banheiro que sequer tem chuveiro. De nada adianta o esforço do prefeito Eduardo Paes de revitalizar o Centro sem resolvermos esses gargalos
que entravam as atividades econômicas no Centro da cidade.
Manoel Fernando P. da Mota
Rio