Sábado, 02 de Agosto de 2025

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BrasilO Globo, Brasil 13 de julio de 2025

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As cartas, contendo telefone e endereço do autor, devem ser dirigidas à seção Leitores. O GLOBO, Rua Marquês de Pombal 25, CEP 20.230-240. Pelo fax, 2534-5535 ou pelo e-mail cartas@oglobo.com.br
‘Yankees, go home’
Nas décadas de 1960 e 1970, havia grande sentimento contra os EUA por parte de estudantes e intelectuais do país. Isso se devia, em parte, aos ventos esquerdistas da revolução cultural que varria a Europa, cujo epicentro era Paris, e atingia o Brasil. Inúmeras manifestações de rua foram realizadas à época contra o "imperialismo americano" e nelas invariavelmente apareciam cartazes com a frase "Yankees, go home". Sou testemunha ocular. Devido às grandes mudanças geopolíticas e econômicas ocorridas nas últimas décadas, as manifestações contra os americanos perderam o ímpeto. Aparentemente, o sentimento contra o Tio Sam está ressurgindo com força no mundo devido às ações autoritárias e destrambelhadas de Trump contra praticamente todos os países. Ele age como se fosse imperador do mundo. Trocou a política do soft power pela do big stick tarifário, que foi agora direcionado contra o Brasil, cujas exportações foram taxadas em 50%. Conhecida como "custo Bolsonaro", a alíquota atinge em cheio centenas de empresas cujos acionistas são bolsonaristas, um verdadeiro fogo amigo. Por isso, não será surpresa se as manifestações ressurgirem, possivelmente com adesão dos empresários, tendo a antiga frase mantra como abre alas.
José Lerer
Rio
Bravatas
Tenho aqui para mim que até o dia 1º de agosto o tarifaço de Trump será revogado ou sensivelmente desidratado. E tal decisão será anunciada de forma enfática pelo presidente americano como mérito exclusivo de Bolsonaro, que teria lhe telefonado e apelado nesse sentido. Já posso até imaginar algumas das palavras do laranjão: "apesar de perseguido e injustiçado, o presidente Bolsonaro coloca toda a sua grandeza e seu patriotismo em defesa do povo brasileiro...". As bravatas de Lula, então, cairão no esquecimento.
ADEMARO DE LAMARE NETO
Rio
Vaquinha para Flávio
É totalmente inaceitável o presidente Trump ameaçar com uma tarifação de 50% as exportações brasileiras se a justiça brasileira não atender à exigência, totalmente inegociável, de suspender o processo criminal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Mas o que mais me revoltou e indignou foi assistir ao senador da República Flávio
Bolsonaro, eleito pelo voto popular e filho de um ex-presidente " que além de outros crimes, tramou um golpe de estado ", sugerir que a melhor solução para o imbróglio seja, um governo eleito constitucionalmente, aceitar essa insana tutoria
americana. Ele deveria fazer o que fez o seu irmão, o
deputado Eduardo pedir
licença ao Congresso e ir protestar nos EUA. Uma vaquinha, para arrecadar
os R$ 2 milhões, que o pai
deu ao irmão, é muito fácil
viabilizar. Eu assino
na hora!
Abel Pires Rodrigues
Rio
Nova moeda
Sabemos que a criação de uma moeda comum leva tempo para planejamento e viabilização. O euro levou décadas de estudos e finalmente foi lançado em janeiro de 1999 " mesmo assim, por três anos foi utilizado somente para efeitos contábeis e pagamentos eletrônicos. A efetiva circulação das moedas e notas aconteceu em janeiro de 2002. O grau de dificuldade para criar uma moeda comum é conhecido. A História nos auxilia a constatar que não passa de uma falácia essa versão de que o presidente dos EUA taxou o Brasil em represália às declarações de Lula contra a moeda norte-americana. Estamos vivendo uma época em que predomina o obscurantismo, dificultando as relações. Imagina o que aconteceria no mundo, hoje, caso a União Europeia estivesse lançando o euro como moeda comum em seu continente?
Paulo Ferreira Carvalho
Rio
Nem um, nem outro
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, é uma aposta da direita para enfrentar Lula em 2026. No entanto, a postura de acólito de Bolsonaro " necessária para herdar o eleitorado do capitão " e os respingos do tarifaço do Trump, não devidamente  repelidos, dificultam a aceitação de seu nome pelos eleitores que não ficam nem com a extrema direita nem com Lula.
Helio Hermeto
Rio
Ideias próprias
Será que em algum dia do futuro o Brasil terá políticos identificados com o que pensamos e com o queremos no Brasil e não com ideias de outras nações? Nossos políticos não têm ideias políticas próprias nacionais.
São capitalistas americanos ou comunistas soviéticos ou sociais-democratas alemães ou nazifascistas como Hitler ou Mussolini. Não conseguimos ter ideias próprias. Tudo é importado. Não somos mais colônia há 203 anos e não conseguimos pensar em brasileiro do Brasil.
PAULO SERGIO ARISI
Salvador, BA
Ranking no Enem
O ranqueamento de escolas a partir das notas obtidas pelos alunos no Enem é um desserviço à educação. Esse levantamento desconsidera o contexto social no qual os estudantes estão inseridos, como a taxa de escolaridade dos pais, o nível socioeconômico da família, as condições estruturais das escolas, entre outros fatores determinantes para o desempenho dos alunos. Chega a ser cruel esse tipo de comparação, sobretudo, pela incapacidade crítica da maioria das pessoas que deparam com esses dados. Lamentável!
FÁBIO MARTINS BARBOSA
Volta Redonda, RJ
Metáforas
O texto de Eduardo Affonso ("Metáforas, metáforas",
12 de julho) foi cirúrgico ao expor os absurdos ditos nas redes sociais. Impossível
encontrar as razões,
mesmo com os seus autores justificando com
metáforas.
Edimar Rocha Santos
Rio
O colunista Eduardo Affonso, com fina ironia e inteligência, colocou os pingos nos "is" da hipocrisia reinante dos aloprados de plantão. Aqueles que se dizem paladinos da justiça, da moral e dos bons costumes, mas na realidade preferem o "Coringa". Que se julgam superiores aos reles mortais " que pegam dois ônibus, um trem, às vezes uma balsa para chegar ao trabalho ", mas que adoram receber sem trabalhar. Daqueles adoradores de santos, com cega fé que seu líder os levará um dia ao Éden da justiça social. Culpar suas frustrações, suas incompetências e suas teimosias em persistir em erros históricos numa menina de 5 anos, que nem sabe o que é "ódio do bem", demonstra que, não só a incompetência, mas a canalhice foi institucionalizada.
Juca Serrado
Rio
Pequenos tesouros
A crônica de Agualusa
("Uma parede de chilreia",
12 de julho) me encontrou na manhã cinzenta de sábado enquanto tomava café.
Que belezura. Procuro me recuperar de ser adulto dando importância aos pequenos tesouros do meu entorno. Também estimo os ensinamentos de filhos e
netos; eles são nossos tesouros que conseguem recuperar "os extremamente adultos". É preciso vê-los de perto. Obrigado ao poeta e à pequena Kianda, por nos surpreender e encantar com os seus assombros.
Michael Deveza
Rio
Acabou a alegria
Essa forma de campeonato mundial de clubes é
ruim para o Brasil.
Será difícil assistir a um time brasileiro numa final!
Acabou a alegria! Também acabaram com o grande estádio do Maracanã.
Fizeram um estádio padrão europeu! Sem graça! A decadência do futebol brasileiro começou com a destruição do Maracanã histórico! Domingo. eu ia no Maracanã! Acabou a alegria...
Mario Guilherme Campos
Niterói, RJ
Um sonho possível
Esta noite eu tive um sonho… Nele eu estava rodeada de cartas. Em cada uma delas, opiniões preciosas. Ao lado de cada assinatura, uma foto do missivista. O número de homens e mulheres era o mesmo. Muitos missivistas eram jovens. Impossível publicar todas as cartas. Um imenso painel foi criado com as missivas e hasteado como uma enorme bandeira. Tremulava ao vento um mote gigantesco: "mais 100 anos, mais livros, mais escolas, mais Brasil globalizado!". E eu entendi que esse sonho é passível de se tornar realidade!
ISABEL PENTEADO
Rio
Minha Vila
Vila Isabel já foi um bairro tranquilo para se viver. Muitos moradores, com certeza, aproveitaram sem sustos esse tempo. Quando crianças brincavam sem receio nas calçadas. Caminhavam e voltavam muitas vezes tarde da noite sem perigo nenhum. O comércio funcionando a todo vapor, as escolas com seus professores dando aulas. O tempo foi passando, rapidinho demais. Hoje o cenário é bem diferente. O medo habitando todo lugar. Anoitecendo e as ruas ficando desertas, os bares com pouco movimento e fechando cedo, o transporte demorando a passar. Infelizmente, moradores hoje se escondem em seus s lares com pavor de receberem uma bala perdida. Tiroteios são frequentes a qualquer hora . O sossego acabando, os sorrisos se transformando em lágrimas marcando os rostos. Assim está Vila Isabel nos dias de hoje. O antigamente sendo recordado, deixando saudades no coração.
Heitor Carlos
Rio
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