Jueves, 07 de Agosto de 2025

Hapvida anuncia investimento de r$ 380 milhões no rio

BrasilO Globo, Brasil 7 de agosto de 2025

Maior operadora de planos de saúde do país, com 8,8 milhões de usuários " mas com presença ...

Maior operadora de planos de saúde do país, com 8,8 milhões de usuários " mas com presença tímida no Rio de Janeiro, onde soma 355 mil clientes ", a Hapvida Notredame Intermédica vai investir R$ 380 milhões até o fim de 2026 para aumentar sua operação no estado. A companhia prevê a construção de um hospital de alta complexidade, centros de pronto atendimento e unidades ambulatoriais no Rio e em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Além disso, anunciou patrocínio de R$ 23,8 milhões anuais ao Flamengo.
Com atuação verticalizada, ou seja, atendendo os usuários em rede própria, a Hapvida já conta com 19 unidades no Rio, incluindo quatro hospitais, três prontos-socorros, seis clínicas e seis laboratórios, que atendem cerca de 1 milhão de pessoas entre clientes dos planos do grupo e também beneficiários de outros convênios.
Do aporte total previsto, R$ 286 milhões estão sendo direcionados à compra e adaptação do antigo prédio da Universidade Corporativa a Petrobras, na Cidade Nova, região central da cidade. O edifício com 50 mil metros quadrados será transformado num hospital de 250 leitos para atendimento adulto e materno-infantil.
Os valores restantes servirão para a construção de três prontos-socorros " na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, na Penha, Zona Norte, e em Botafogo, na Zona Sul ", além de duas clínicas de consultas eletivas, em Botafogo (em conjunto com o pronto-socorro) e em Nova Iguaçu. A expectativa é que as unidades fiquem prontas no fim de 2026, gerando cerca de 5 mil empregos.
Parceria com o flamengo
A operadora ainda prevê obras de modernização da infraestrutura do Hospital Santa Martha, em Niterói, comprado pelo grupo em 2021.
Vice-presidente Comercial da Hapvida, Rafael Andrade observa que a Região Metropolitana fluminense acumula 5,6 milhões de usuários de planos de saúde, o que garante uma densidade populacional favorável para o modelo de saúde verticalizada, "com muita gente distribuída numa área pequena".
Por isso, crescer no Rio sempre esteve nos planos, diz Andrade, mas demandaria investimentos que garantissem à empresa a formação de rede própria " o que acontece agora, quando a companhia vive um momento financeiro "muito positivo". No primeiro trimestre, o grupo viu a receita líquida crescer 7,3%:
" O Rio tem uma demanda por plano de saúde com um tíquete de acesso (baixo). Por isso, a operadora acabou deixando a praça um pouco mais pra frente, porque sabia que ou investia nela para fazer a diferença ou era melhor entrar em outro mercado menos complexo.
Além dos investimentos para a construção de novas unidades próprias, a Hapvida também anunciou, no fim de junho, patrocínio ao Flamengo. O nome da operadora em destaque na parte superior das costas dos uniformes do time profissional e do sub-20 custarão ao grupo R$ 23,8 milhões por ano.
Ainda se estuda a previsão de que planos vendidos pela Solution, administradora de benefícios do grupo Hapvida, garantam assinaturas de sócio-torcedor aos usuários, e vice-versa, com planos de custos especiais para sócios-torcedores do Flamengo. Essas possibilidades, porém, ainda são embrionárias.
Adriano Londres, sócio da consultoria Arquitetos da Saúde, vê como positiva a aposta da Hapvida no Rio, região que voltou a crescer em número de usuários depois de períodos de estagnação, segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Ele lembra que a estratégia da operadora acontece num momento delicado para o mercado de saúde privada no estado:
" Ter mais alternativas é sempre um benefício para o mercado. Estão enxergando uma possibilidade de crescimento na base da pirâmide, e também podem estar vendo uma oportunidade de captar usuários órfãos de outras opções, como os que estavam na Golden Cross (liquidada extrajudicialmente pela ANS) ou em operadoras em dificuldade, como Unimed Ferj.
Para Ana Maria Malik, professora da FGVSaúde, a captação de beneficiários pela Hapvida vai depender de quais tipos de contratos terão a oferta ampliada no Rio com o aumento da rede credenciada da operadora na região:
" A Hapvida quer crescer e é um movimento muito natural que ela aposte no Rio, que é um mercado muito forte para saúde privada. Mas a questão não é apenas o nome da operadora, mas a rede assistencial e os tipos de plano que serão oferecidos. Se tiver oferta de contrato individual, é possibilidade para muita gente.
‘Oportunidades’
Soma-se a esse contexto a possibilidade do grupo Assim Saúde, operadora carioca verticalizada, ser vendida, como publicou o Valor citando fontes a par do assunto. A empresa, com 615 mil usuários, teria contratado o Itaú BBA para estruturar a venda. Ainda segundo o Valor, a Hapvida seria uma das interessadas.
No próprio comunicado ao mercado sobre investimentos no Rio, a Hapvida afirmou que "segue analisando oportunidades assistenciais inorgânicas ou em formato asset light na região a fim de acelerar sua presença local, especialmente em regiões com perfil alinhado ao portfólio de produtos mais verticalizados".
Andrade não confirmou o interesse da Hapvida numa possível venda da Assim, mas disse que "M&As (fusões e aquisições, na sigla em inglês) sempre estão na pauta da companhia".
O Grupo Assim afirmou em nota que "não comenta nem especulação e nem boato", e negou contratos com o Itaú BBA. O banco foi procurado, mas não respondeu.
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