Vanessa panisset denuncia o embranquecimento do funk
Com cerca de dez anos de carreira, a funkeira Vanessa Panisset, que fez grande sucesso ao ...
Com cerca de dez anos de carreira, a funkeira Vanessa Panisset, que fez grande sucesso ao lançar o bordão "Deixa baixo", resolveu comprar uma briga indigesta ao afirmar, em uma espécie de manifesto, que "Agora que o funk é pop, todo mundo quer ser funkstar". Para ela, a popularização do gênero vem acompanhada de um risco: o apagamento de sua origem e identidade.
"Precisamos falar sobre a tentativa de embranquecimento do ritmo e o esquecimento de quem abriu o caminho. O funk é resistência, identidade e história. Não podemos deixar que ele perca as suas raízes", declara.
Vanessa Apetitosa, como também é conhecida, prefere não citar nomes de quem estaria promovendo o "embranquecimento" do funk. Mas, no seu entorno, um nome desponta, o da colombiana Karol G, que tem feito incursões no chamado funk brasileiro.
Na verdade, esse debate sobre o chamado processo de embranquecimento e elitização do funk " um gênero musical que nasceu nas comunidades negras dos EUA na década de 1960 " não é novo. Em 2005, o rapper MV Bill já havia expressado, no programa "Roda viva", da TV Cultura, "seu incômodo com a busca por um embranquecimento de músicas brasileiras como o samba, o funk e o rap".
Trata-se, ao que parece, de uma forma de racismo na música.
Com todo respeito.