Ibama aprova simulação na margem equatorial
O Ibama aprovou os resultados da Avaliação Pré-Operacional (APO) conduzida pela Petrobras ...
O Ibama aprovou os resultados da Avaliação Pré-Operacional (APO) conduzida pela Petrobras na Bacia da Foz do Amazonas. A autorização é a última etapa para que a estatal consiga a liberação para explorar petróleo na Margem Equatorial.
A APO é uma espécie de simulação de vazamento de óleo para que a estatal comprove capacidade de resposta. A avaliação foi coordenada por agentes da petroleira no litoral norte do país no fim de agosto.
"Comunico à Petrobras que a APO realizada foi considerada aprovada pelo Ibama, devendo a operadora apresentar os ajustes requeridos pelo Ibama, para finalização do processo de elaboração da licença de operação para a atividade proposta", diz o parecer. No texto, o órgão cita "as observações registradas pela equipe de avaliadores, a robustez da estrutura apresentada, bem como o caráter inédito da atividade executada, marcada por desafios logísticos relevantes, pela dimensão da estrutura acionada e pela amplitude das vertentes de análise."
No procedimento, foi simulado derramamento de óleo, possível problema no BOP (conjunto de válvulas de segurança no topo do poço) e o envio de ROV (robô submarino controlado à distância) para verificação.
Perfuração 2 dias após aval
O Ibama solicitou à Petrobras ajustes ao plano de proteção à fauna, "de modo a contribuir para o processo de melhoria contínua da estrutura de resposta, garantindo sua adequação e alinhamento aos requisitos da região". O órgão também pediu que a estatal explique por que o posicionamento das embarcações no procedimento diverge do apresentado em estudo prévio.
A Petrobras disse que vai revisar o plano conforme as observações apontadas no parecer e reapresentar o documento ao Ibama até amanhã.
Segundo uma fonte, assim que tiver o aval, em um ou dois dias a estatal já consegue iniciar a perfuração. A Petrobras vem gastando cerca de R$ 4,6 milhões por dia com o aluguel de sonda e de barcos. De acordo com estimativas de uma fonte, o projeto já consumiu mais de R$ 1 bilhão.
O aval do Ibama é etapa final do processo de licenciamento ambiental.
Em nota, a Petrobras disse que permanece comprometida com o desenvolvimento da Margem Equatorial brasileira, reconhecendo a importância de novas fronteiras para assegurar a segurança energética do país e os recursos necessários para a transição energética justa.