Jueves, 04 de Diciembre de 2025

Negros e mulheres ganham menos em cargos de direção

BrasilO Globo, Brasil 4 de diciembre de 2025

Apesar de a renda média da população ocupada ter mostrado avanços consideráveis em 2024, a ...

Apesar de a renda média da população ocupada ter mostrado avanços consideráveis em 2024, a desigualdade salarial de gênero e raça persiste no Brasil. Em cargos de liderança, como direção e gerência, nos quais os salários são mais altos, a diferença entre os rendimentos chega a ser maior que em outros grupos ocupacionais.
Em 2024, a renda média de trabalhadores brancos era 65,9% maior que a recebida por pessoas negras. A desigualdade de gênero também é expressiva, já que homens receberam, em média, 27,2% a mais do que as mulheres.
Nos grandes grupos ocupacionais, a maior distância salarial entre brancos e negros aparece entre diretores e gerentes. Nessa parcela da população, a diferença chega a R$ 3.385: trabalhadores brancos recebem, em média, R$ 9.831, enquanto pretos ou pardos, R$ 6.446. Entre profissionais das ciências e intelectuais, a diferença também é grande: R$ 7.412, contra R$ 5.192.
Nos cargos de direção e gerência, a desigualdade também é maior entre mulheres e homens. Eles recebem em média de R$ 10.073, enquanto elas ganham R$ 6.776. Já entre profissionais das ciências e intelectuais, os valores são R$ 8.291 contra R$ 5.378.
" Não adianta só ascender em termos hierárquicos na empresa. Mesmo lá no topo da cadeia, ela continua sofrendo preconceito. E vemos ações muito tímidas na redução da desigualdade de gênero e de raça dentro das organizações, apenas ações pontuais para bater metas de ESG, mas não com propósito real de botar mulheres pretas nas lideranças, por exemplo "afirma Rodrigo Afonso, diretor executivo da Ação da Cidadania.
Ele diz que é preciso criar políticas de incentivo à inclusão e conscientização do setor privado para ser possível ampliar de forma definitiva "a participação da sociedade como ela é, diversa e ampla".
A distribuição da força de trabalho reforça essas desigualdades de gênero. Entre os homens, o grupo mais numeroso é o de trabalhadores qualificados. Já entre as mulheres, predominam trabalhadoras dos serviços, vendedoras do comércio e dos mercados.
As diferenças por raça também são marcantes na composição da força de trabalho. No grupo de profissionais das ciências e intelectuais, estavam 17,7% dos trabalhadores brancos (7,7 milhões), ante 8,6% dos pretos ou pardos (4,9 milhões). (Mayra Castro)
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