Lunes, 24 de Febrero de 2025

Rio open cresce, e jockey fica pequeno para o torneio

BrasilO Globo, Brasil 24 de febrero de 2025

Antes mesmo de o primeiro saque ser dado no Rio Open deste ano, uma constatação já estava feita: o ...

Antes mesmo de o primeiro saque ser dado no Rio Open deste ano, uma constatação já estava feita: o evento cresceu demais pós-pandemia, e o Jockey Club Brasileiro, na Zona Sul do Rio de Janeiro, está pequeno para o maior torneio da ATP na América do Sul. O futuro está sendo planejado, e nenhuma mudança é totalmente descartada.
Com contrato até 2027, o Jockey Club tem limitações de espaço por se tratar de um clube social cuja maior área é destinada às corridas de cavalo, além das demais dependências utilizadas pelos sócios, que precisam aprovar qualquer alteração significativa.
A cada ano, os organizadores do ATP 500 carioca conseguem alguns metros quadrados extras. Porém, para os planos mais grandiosos, seriam necessárias obras mais robustas e mais tempo de ocupação do local.
" Chegamos ao nosso melhor momento. Mas vêm as dores do crescimento. É o momento certo de avaliar isso. No fim do segundo semestre, acredito que vamos poder divulgar os planos de crescimento para um futuro bem próximo. Não digo para 2026, mas, com certeza para 2027, pois requer planejamento. Estamos estudando todas as possibilidades e opções para duplicar o tamanho do torneio " afirma Marcia Casz, diretora geral do Rio Open.
Ainda que não haja uma solução pronta no momento, o sonho dos organizadores é bem claro. Um deles é expandir a capacidade da quadra central para 10 mil lugares " hoje cabem 6,2 mil pessoas. A ampliação da quadra 1, que já virou um xodó da torcida e se transformou num mini caldeirão, é outro desejo.
Contudo, aumentar a capacidade das quadras significa ampliar toda a estrutura do torneio. Atualmente, o limite diário bate na casa das 10 mil pessoas ao longo das duas sessões " a sessão vespertina tem menos ingressos à disposição, pois muitos espectadores permanecem nas áreas livres do evento na sessão noturna. Todo o planejamento de segurança, serviços e escoamento do público está organizado para esse número.
" Nada que a gente fez aqui no Rio Open foi da noite para o dia. Não estamos parados. O evento cresceu de proporção e foi em uma velocidade maior do que a gente imaginou que seria. Não tenho como falar nada concreto agora para não gerar a expectativa errada, mas o público não vai ficar decepcionado com as nossas intenções. Meu sonho é uma quadra de 10 mil lugares, lotada, com João Fonseca, Thiago Wild, Thiago Monteiro... " diz Lui Carvalho, diretor esportivo do evento.
Outro desafio para o ano que vem é manter o alto nível do line-up com a presença de mais tenistas do Top 20. Alexander Zverev só tinha contrato de um ano. A postura do dinamarquês Holger Rune, que desistiu do torneio por lesão e sequer veio ao Rio, não caiu bem entre os organizadores. O italiano Lorenzo Musetti, por outro lado, cumpriu todos os acordos, apesar de a contusão de última hora tirá-lo do torneio, e sempre será bem-vindo. João Fonseca, cria da casa, é considerado certo para 2025. O grego Stefanos Tsitsipas é um desejo antigo. A estrela emergente Jack Draper também poderia entrar na lista, mas, como o britânico foi finalista no ATP 500 de Doha, disputado na mesma semana do Rio Open, sua vinda seria improvável, pois o comum é o tenista defender seus pontos.
Quadra dura no radar
O saibro do Rio Open é outra pedra no sapato da organização na hora de fazer os convites. A gira sul-americana acontece entre torneios disputados na quadra rápida na Austrália, Estados Unidos e Oriente Médio. A mudança para a quadra dura abriria um leque maior de opções de jogadores.
" Eu sou muito crítico a essa questão do calendário. De fato, eu acho que o tênis sul-americano não perderia se os torneios fossem para a quadra dura. Hoje em dia, os jogadores latino-americanos são jogadores de quadra dura. O João Fonseca é, o (Francisco) Cerúndolo é. Não tem mais essa distinção. Até porque os pisos cada vez estão mais semelhantes. Mas é uma decisão que envolve vários fatores. Estamos o tempo inteiro em discussão para poder fazer isso acontecer " afirma Lui Carvalho.
Diante do tamanho dos desafios, mudar de ares não está totalmente descartado. Por mais que a parceria com o Jockey Club tenha dado certo e o local já esteja associado ao evento, a organização precisa estudar todas as alternativas possíveis. Utilizar a estrutura do Parque Olímpico, por exemplo, requereria uma mudança da imagem da marca.
"Nesse momento, temos que abrir mais a cabeça... A gente gostaria de ficar aqui. Encaixou bem a localização do evento, que gera imagens para o mundo inteiro. São os pontos fortes do Rio Open. Você tem a imagem do Cristo, da Lagoa... É essa imagem que roda do Rio de Janeiro para o mundo inteiro. E é uma relação de parceria de 11 anos. Ela já virou a casa do Rio Open. Mas, obviamente, são conversas que estão sendo iniciadas. O evento tem que caber dentro do lugar que é possível " diz Marcia Casz.
La Nación Argentina O Globo Brasil El Mercurio Chile
El Tiempo Colombia La Nación Costa Rica La Prensa Gráfica El Salvador
El Universal México El Comercio Perú El Nuevo Dia Puerto Rico
Listin Diario República
Dominicana
El País Uruguay El Nacional Venezuela