Sábado, 19 de Abril de 2025

Negociação sobre aço é a mais avançada com os eua

BrasilO Globo, Brasil 18 de abril de 2025

As negociações entre Brasil e Estados Unidos estão mais avançadas para o comércio de ...

As negociações entre Brasil e Estados Unidos estão mais avançadas para o comércio de produtos siderúrgicos, que desde o mês passado têm uma tarifa adicional de 25% aplicada pelos americanos. Embora não haja perspectiva de acordo a curto prazo, interlocutores do governo brasileiro estão otimistas quanto ao restabelecimento de um sistema de cotas, que permita que uma quantidade limitada de aço entre nos EUA sem a sobretaxa.
Em 2018, durante o primeiro mandato de Donald Trump, o aço chegou ser taxado, mas o Brasil obteve um acordo de cotas de exportação. Pelo que foi acertado, podiam ser vendidas ao mercado americano 3,5 milhões de toneladas de aço semiacabado e 687 mil toneladas de laminados sem o imposto. Em seu retorno à Casa Branca, Trump anunciou a tarifa de 25% para produtos siderúrgicos e alumínio importados de todos os países.
TARIFA RECÍPROCA DE 10%
O governo brasileiro também negocia o fim da tarifa de 10% a todos os produtos exportados pelo Brasil ao mercado americano. Técnicos que participam das conversas afirmam que essa é a parte mais difícil, dada a posição do presidente dos EUA de insistir em manter o imposto para todos os parceiros internacionais.
Diante desse cenário, o governo brasileiro quer ou reduzir a tarifa de 10%, ou excluir o máximo de produtos dessa sobretaxa. Brasil e Reino Unido estão entre os países que ficaram com o menor percentual. Trump aplicou taxas mais elevadas para União Europeia (UE) e nações asiáticas.
As reuniões entre técnicos brasileiros e do Escritório de Comércio dos EUA (USTR) ocorrem semanalmente, e o canal de diálogo deve permanecer aberto, independentemente da costura de possíveis acordos entre Trump e outros países. Mas fontes a par do assunto avaliam que um acordo pode levar meses, porque os americanos estão em várias outras frentes de negociação.
Em uma situação extrema, um plano de retaliação não seria descartado, com medidas como a elevação de tarifas para produtos importados dos EUA, a taxação ou o bloqueio de verbas geradas pela exibição de filmes produzidos em Hollywood e a cassação de patentes de medicamentos não controlados. Recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) também é uma opção, mas o organismo está fragilizado.
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