Pf prende 8 em flagrante por invasão do sistema do pix

Oito suspeitos de envolvimento em ataques cibernéticas contra o sistema financeiro nacional, que resultaram em prejuízos somados de R$ 1,2 bilhão, foram presos na sexta-feira pela Polícia Federal (PF). Os suspeitos foram detidos quando se preparavam para mais um golpe, contra o sistema da Caixa Econômica Federal, segundo a PF. As prisões ocorreram na Zona Leste de São Paulo. Os investigadores veem os suspeitos como parte de uma organização criminosa.
Os homens foram presos em flagrante. Ontem, em audiência de custódia, a Justiça Federal manteve todos presos. O grupo vai responder pelos crimes de organização criminosa e tentativa de furto qualificado por meio eletrônico.
computador roubado
De acordo com a PF, o grupo foi flagrado em um imóvel da capital paulista quando tentava acessar o sistema da Caixa através de um computador da própria instituição, roubado de uma agência no Brás, na região central da cidade.
O desvio de recursos, segundo os policiais, seria feito através de transações com o Pix. Pelo computador roubado, os criminosos tiveram acesso ao sistema interno da Caixa, assim como à VPN, ferramenta tecnológica que permite um computador de fora se conectar a uma rede corporativa segura.
As investigação da PF apontam que o grupo é suspeito de fazer desvios via Pix em outros dois casos recentes. Um deles foi o ataque, em junho, ao banco BMP e a outras instituições, que causou prejuízo estimado em R$ 800 milhões. O outro foi o ataque, em agosto, contra uma plataforma de tecnologia ligada ao Pix, a Sinqia, com desvio de cerca de R$ 400 milhões. Nos dois casos, os alvos foram as contas que as empresas integrantes do sistema de pagamentos mantêm junto ao Banco Central (BC).
A estrutura do Pix, o meio de pagamento preferido dos brasileiros, tem sido alvo de criminosos que exploram brechas dos participantes do sistema, a maioria ligada a provedores de tecnologia, mercado de poucas empresas. Nos últimos dois meses, foi desviado mais de R$ 1,5 bilhão de bancos e fintechs via Pix " parte dos desvios foi bloqueada pelo BC.
Em resposta, a autoridade monetária endureceu regras, limitou transações para fintechs e apertou as normas sobre instituições que usam provedoras de tecnologia para a integração de seus sistemas aos do BC.