Domingo, 28 de Septiembre de 2025

Governo dos eua quer que o google venda plataforma de anúncios

BrasilO Globo, Brasil 23 de septiembre de 2025

O Departamento de Justiça (DoJ, pela sigla em inglês) afirmou ontem que o Google deveria ser ...

O Departamento de Justiça (DoJ, pela sigla em inglês) afirmou ontem que o Google deveria ser desmembrado para reduzir seu monopólio em tecnologia de publicidade, dando início a uma audiência que pode remodelar o poder da gigante de tecnologia na internet. O posicionamento do governo americano marcou a retomada de um importante julgamento antitruste em Alexandria, no estado da Virgínia, no qual o Google tenta evitar a separação de seus negócios de publicidade.
A juíza Leonie Brinkema, do Tribunal Distrital da Virgínia, já havia decidido, em abril, que o Google construiu um monopólio sobre as ferramentas que os sites usam para vender espaço publicitário. Ela também afirmou que o Google monopolizou o software que conecta esses sites e plataformas aos mercados que buscam comprar espaço.
Ontem, a magistrada começou a ouvir os argumentos do Departamento de Justiça e da empresa sobre como corrigir o monopólio do Google. A juíza deve ordenar essas medidas, conhecidas como remedies (remédios jurídicos), nos próximos meses. Em sua declaração inicial, a promotora do DoJ argumentou que o Google explora sites por meio de sua plataforma AdX (um software que conecta compradores e vendedores), cobrando uma taxa de 20% sobre cada venda de anúncios. A acusação é que essa taxa dá ao Google uma vantagem injusta sobre os concorrentes.
CONTROLE DO MERCADO
Os anúncios aparecem em páginas na web, como sites de notícias ou de receitas, e são vendidos pelo sistema do Google à medida que as páginas carregam. As ferramentas de venda de anúncios do Google para sites controlam 87% do mercado nos EUA, segundo dados de um relatório apresentado pelos advogados do governo em um julgamento no ano passado.
O DoJ disse que a juíza deveria obrigar a gigante da tecnologia a vender o AdX e tornar transparente o sistema de leilões de anúncios, abrindo seu código-fonte. As autoridades acreditam que isso permitiria que outras empresas competissem de forma justa, já que o Google controla quase todos os leilões de anúncios.
" Nada menos que um desinvestimento estrutural é suficiente para trazer mudanças significativas " disse Julia Tarver Wood, conselheira do DoJ.
Karen Dunn, advogada do Google e sócia do escritório Dunn Isaacson Rhee, afirmou que as propostas do governo são extremas e sugeriu mudanças mais modestas no software de publicidade da empresa. Estas, segundo o Google, beneficiariam sites e plataformas, entre outros ajustes menores.
Os argumentos são a mais recente tentativa do Google de evitar um desmembramento " a solução mais extrema disponível a um juiz para resolver preocupações sobre comportamento anticompetitivo. A juíza já havia sinalizado, em uma audiência em maio, que considera a opção de obrigar a empresa a vender parte de seu negócio de tecnologia de anúncios. Isso poderia mudar o destino do Google.
No início deste mês, a empresa escapou de um desmembramento em um caso recente em Washington, onde outro juiz analisou um caso antitruste semelhante sobre o Google Search. Ele rejeitou a maior parte das exigências do DoJ.
No caso relacionado ao monopólio de buscas na internet, o juiz não atendeu ao pedido do governo de forçar a venda do navegador Chrome. Em vez disso, ordenou que a empresa compartilhasse seus resultados de busca com rivais e ajustasse alguns contratos que negocia com empresas como a Apple para ser o mecanismo de busca automático em navegadores e smartphones. Ainda não está claro como essa decisão pode influenciar Brinkema, disseram especialistas jurídicos.
" Ela pode fazer algo mais agressivo " afirmou Bill Kovacic, ex-presidente da Comissão Federal de Comércio (FTC, pela sigla em inglês). " No mínimo, seja o que for que esteja passando pela cabeça dela, ela tem a oportunidade de ir além.
OUTRAS BIG TECHS NA MIRA
A audiência aberta ontem deve durar de duas a três semanas. Batalhas jurídicas semelhantes estão em andamento nos EUA contra Meta, Amazon e Apple, tornando o julgamento do Google um teste crucial para determinar até que ponto as autoridades federais têm poder para reduzir o domínio das big techs sobre o comércio e a comunicação.
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