Os 50 anos do martírio de vladimir herzog
Agora, no dia 25 de outubro, faz 50 anos do assassinato de Vladimir Herzog (1937-1975) ...
Agora, no dia 25 de outubro, faz 50 anos do assassinato de Vladimir Herzog (1937-1975) pela Ditadura Militar. O jornalista, que trabalhava na TV Cultura e era professor da USP, compareceu " como lembra Lilia Moritz Schwarcz " voluntariamente à sede do DOI-CODI paulista para prestar esclarecimentos sobre ligações com o PCB, tendo sido barbaramente torturado e morto. O Exército ainda tentou alegar que foi suicídio, uma versão sobejamente desmentida posteriormente.
"O escárnio e a farsa incendiaram o movimento pela restauração da democracia e a luta por direitos", lembra a historiadora, que também é conselheira do Instituto Vladimir Herzog. "Vlado é hoje símbolo de um Brasil que se preza como uma democracia e que ainda luta pelo reconhecimento dos mortos e desaparecidos", completa Lilia.
Vários atos vão lembrar, neste mês, os 50 anos desse martírio. Em São Paulo, com a presença do cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, haverá, no dia 25, um ato inter-religioso na Catedral da Sé " a mesma igreja em que ocorreu a histórica cerimônia de 1975, em homenagem ao jornalista assassinado, que reuniu cerca de 8 mil pessoas e desafiou a Ditadura.
Além disso, haverá a exibição de vídeos, entre eles a leitura de uma carta de Zora Herzog, mãe de Vlado, feita pela atriz Fernanda Montenegro.
No Rio, no dia anterior, 24, a Associação Brasileira de Imprensa, que instituiu 2025 como "Ano Vladimir Herzog", promove um ato para lembrar o colega assassinado e todas as vítimas da repressão.
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